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Atirador de Orlando era cliente habitual do bar gay

14 de junho de 2016 às 12:55
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E se Omar Mateen, responsável pelo massacre na discoteca gay Pulse, em Orlando, que tirou a vida a 49 pessoas, fosse cliente habitual bar? E se, afinal, Mateen fosse homossexual e usasse aplicações de encontros gay? É isso que alguns testemunhos do caso têm dito

E se Omar Mateen, responsável pelo massacre na discotecagayPulse, em Orlando, que tirou a vida a 49 pessoas, fosse cliente habitual bar? E se, afinal, Mateen fosse homossexual e usasse aplicações de encontros gay? É isso que alguns testemunhos do caso têm dito: "eu conheci logo a cara dele, ele vem cá há três anos". 

As garantias vêm de Chris Callen e de Ty Smith. "É ele, tenho a certeza. Ele vem a este bar há, pelo menos, três anos", disse Callen ao Canadian Press, tendo sido complementado por Smith, em declarações ao Orlando Sentinel, que o viu "por múltiplas ocasiões" a ser "acompanhado até à saída do Pulse, extremamente bêbedo". "Ele ficava mesmo, mesmo bêbedo... Ele não podia beber em casa - ao lado da sua mulher ou família. O seu pai tinha regras muito rigidas. Ele estava sempre a queixar-se", concluiu. Callen e Smith, que são um casal, acabaram por deixar de falar com ele quando Mateen lhes apontou uma faca por uma brincadeira sobre religião.

Outro cliente da discoteca disse ao Los Angeles Times que Omar Mateen lhe tinha enviado uma mensagem através de uma aplicação de chat destinada aos gays. O anfitrião do MSNBC newsChris Hayes, garante que falou com um homem que tem mensagens de Mateen. Em directo da MSNBCHayes promete divulgar as provas no dia 14 de Junho.

Omar Mateen foi seguido pelo FBI, que o interrogou várias vezes, em 2013 e 2014, por "eventuais ligações terroristas". Mas estes interrogatórios não tiveram seguimento. O chefe do FBI, James Comey, disse na segunda-feira que o seu departamento está "altamente convencido" de que Mateen foi "radicalizado" enquanto consumiu propaganda online. Segundo Comey, Mateen declarou lealdade ao líder do Estado Islâmico Abu Bakr al-Baghdadi numa série de conversas telefónicas com os negociadores da polícia durante as horas que demorou o ataque.

No entanto, os investigadores não têm provas ou indícios de que tenha agido sob ordens e orientações de terceiros ou do estrangeiro ou de que fizesse parte de uma rede organizada. A ex-mulher, que revelou um passado marcado por violência conjugal, afirmou que nunca o ouviu falar de terrorismo, escreve a agência AFP.