O fundador do WikiLeaks não escondeu a sua emoção ao falar esta tarde da "vitória" conseguida pela posição de um comité da ONU que pediu o fim da sua detenção arbitrária
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, qualificou esta sexta-feira como uma "vitória" a posição de um comité da ONU que pediu o fim da sua detenção arbitrária, num discurso emocionado feito na varanda da embaixada do Equador em Londres.
"Vitória! Como é bom! É uma vitória inegável. É uma vitória de importância histórica", declarou Assange, dirigindo-se a um pequeno grupo de apoiantes concentrados em frente à embaixada.
Assange está refugiado desde Junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres por receio de ser extraditado para a Suécia, onde foi acusado de violação, e daí para os Estados Unidos, que o querem julgar pela divulgação no portal WikiLeaks de milhares de documentos confidenciais.
A posição do grupo de trabalho da ONU, que considerou a detenção arbitrária e pediu a libertação e o pagamento de indemnizações a Assange, foi recusado por Londres e por Estocolmo.
Mencionando os seus filhos, Assange acrescentou: "É tempo de eles reencontrarem o pai. Isso vai acontecer, de uma maneira ou de outra".
"Sou um resistente. Mas, com que direito este Governo [britânico] e os governos americano e sueco recusam aos meus filhos o direito de ver o pai durante cinco anos", questionou o jornalista australiano, considerando ser alvo de uma detenção "ilegal, imoral e injusta".
"Agradeço às Nações Unidas", disse ainda Assange, mostrando uma cópia da decisão do comité da ONU.
Desde Junho de 2012, Julian Assange, de 44 anos, só apareceu em raras ocasiões na varanda da embaixada do Equador na capital britânica.
Assange declara "vitória" na varanda da embaixada do Equador
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."