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As reações à morte do papa Bento XVI

Diogo Barreto
Diogo Barreto 31 de dezembro de 2022 às 11:46
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Presidente da República e Presidente da Assembleia da República lamentam a morte do papa emérito.

O papa emérito Bento XVI, que morreu hoje com 95 anos, abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, a 11 de fevereiro de 2013, a dois meses de comemorar oito anos no cargo. A sua morte motivou reações de vários quadrantes da sociedade.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou uma mensagem de condolências ao Papa Francisco pela morte do papa emérito Bento XVI, recordando o "símbolo de estabilidade e de defesa dos valores da Igreja Católica". "O Presidente da República enviou uma mensagem de condolências a Sua Santidade o Papa Francisco manifestando profunda consternação pelo falecimento de Sua Santidade o Papa Emérito Bento XVI", pode ler-se numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República.

"Enquanto Português, recordo a Visita Apostólica de Sua Santidade o Papa Bento XVI a Portugal, em maio de 2010, por ocasião do 10.º aniversário da beatificação dos Pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta Marto, não esquecendo as palavras de apreço então expressas relativamente ao nosso país", referiu ainda o Presidente.

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, homenageou a memória do papa emérito Bento XVI e sublinhou a sua "estatura intelectual e o gesto fundacional da resignação". Numa publicação na rede social Twitter, Santos Silva referiu que "a morte de Bento XVI mergulha em luto profundo a Igreja Católica e os seus fiéis". "Homenageio a sua memória, destacando a estatura intelectual e o gesto fundacional da resignação", enalteceu.

Joseph Ratzinger nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, e foi Papa entre 2005 e 2013.

Ratzinger tornou-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.

Os abusos sexuais a menores por padres e o "Vatileaks", caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram casos que agitaram o seu pontificado.

Bento XVI ordenou uma inspeção às dioceses envolvidas, classificou os abusos como um "crime hediondo" e pediu desculpa às vítimas.

Durante a viagem a Portugal, em maio de 2010, Bento XVI disse que "o perdão não substitui a justiça".

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