The Legendary Tigerman, os escritores Valter Hugo Mãe e José Luís Peixoto (na foto) e a artista urbana Wasted Rita são alguns dos nomes envolvidos na iniciativa
Arquitectos, escritores, músicos e artistas plásticos vão criar posters que vão ser expostos em vários locais de Xabregas, em Lisboa, em Junho, durante a mostra de arte pública Poster, apresentada quarta-feira, 6 de Abril.
"É uma mostra de arte e palavra que tem como ambiente nativo a rua. Será uma galeria a céu aberto", afirmou Bruno Pereira, director da Departamento, responsável pela Poster, na apresentação da mostra, que decorreu nos antigos Armazéns Abel Pereira da Fonseca, em Xabregas.
Na mostra participam 20 artistas, 16 dos quais já foram desvendados. Entre eles estão o músico The Legendary Tigerman, os escritores Valter Hugo Mãe e José Luís Peixoto, a artista urbana Wasted Rita, o arquitecto Pedro Campos Costa e os artistas plásticos Rui Toscano e João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira.
Além dos artistas convidados, a Poster "divide-se em mais duas áreas": uma open call (concurso público), para a concepção de mais cincoposterse que será lançada na próxima semana, e a miniposter,"um desafio lançado a escolas locais que irão trabalhar com o artista plástico David Rosado.
Ao longo dos quatro dias que dura a Poster, de 16 a 19 de Junho, haverá ainda actividades paralelas: visitas guiadas, umworkshope um debate. A organização da iniciativa quer "a cultura a funcionar para todos": "Além da sua natureza simples, [o poster] colado na rua pode facilmente chegar às pessoas".
A escolha de Xabregas para acolher esta mostra não foi ao acaso. "É uma zona da cidade abandonada, com carência de infraestruturas, mas que cada vez mais agentes criativos escolhem para se fixarem. A ideia é que a Poster seja como um intermediário entre os artistas que chegam e as pessoas que já cá estavam", explicou Bruno Pereira.
A "preocupação profunda de trabalhar o território" foi uma das razões que levaram a Galeria de Arte Urbana (GAU) da Câmara Municipal de Lisboa a apoiar o projecto. Segundo a coordenadora da GAU, Sílvia Câmara, outra das razões foi o facto de esta mostra "trazer os cartazes para a contemporaneidade". "A GAU nunca poderia voltar costas a um projecto como este", disse.
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