Rio assinalou que, numa coincidência rara, o 25 de Abril coincide este ano com a discussão do Orçamento do Estado, documento que considerou "seguramente insuficiente para a defesa nacional".
O presidente do PSD defendeu esta segunda-feira que o PS, depois de aplaudir o discurso do Presidente da República, deverá apoiar ou propor o reforço de verbas para a Defesa na especialidade da proposta de Orçamento do Estado.
"O senhor Presidente optou for fazer um discurso sobre as Forças Armadas que eu penso que é adequado, por força da situação política mundial e europeia que estamos a viver. Há muitos anos se pede reforço das verbas para a defesa", afirmou Rui Rio, no final da sessão solene do 48.º aniversário da Revolução do 25 de Abril de 1974, em declarações aos jornalistas no parlamento.
Rio assinalou que, numa coincidência rara, o 25 de Abril coincide este ano com a discussão do Orçamento do Estado, documento que considerou "seguramente insuficiente para a defesa nacional".
"Estou curioso o que significa o facto de o PS ter aplaudido o Presidente da República, ter aplaudido de pé, com entusiasmo, um discurso que reclama um reforço das verbas para as Forças Armadas ", afirmou.
O presidente do PSD afirmou que irá aguardar que reflexos terá a intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa, nomeadamente ao nível de propostas que o PS irá "apoiar a propor" em sede de especialidade no reforço das verbas para a Defesa.
Questionado sobre o seu próprio discurso, em que defendeu a necessidade de fazer diferente, Rio considerou não ser hoje o dia de fazer "um balanço dos últimos quatro anos" em que foi líder do PSD, cargo que deixará no início de julho.
"Sobre a minha responsabilidade, pode haver quem goste mais, quem goste menos ou quem não goste nada, mas se há marca que fica é por vezes tentar fazer diferente e ser politicamente incorreto", afirmou, explicando por que optou, em vez de "vangloriar mais uma vez o que aconteceu há 48 anos" pôr a ênfase no que "não está bem e deve ser mudado".
"E mudou pouco ou nada, como sabemos", lamentou.
Na sua intervenção na sessão solene, presidente do PSD defendeu que a solução para travar o crescimento dos extremismos não é "absurdos cordões sanitários", mas "ter o rasgo de fazer diferente" e reformar "sem cobardia nem hipocrisia".
"A solução está em nós próprios. A solução está em enfrentar a realidade sem cobardia nem hipocrisia. Está em reformar, ou diria melhor, em romper com o que há muito está enquistado e ao serviço de interesses setoriais ou de grupo", defendeu Rui Rio.
O presidente do PSD defendeu que o discurso no 25 de Abril deve ser um momento de autocrítica e não apenas de "afirmações laudatórias.
"Se queremos um Portugal virado para o futuro, que não se atrasa cada vez mais na escala europeia e que não quer continuar a ver os seus jovens a emigrar, então teremos de ter o rasgo de fazer diferente, atuando coerentemente sobre as verdadeiras causas do nosso problema", apelou.
25 de Abril: Rio espera reforço de verbas para a Defesa na especialidade do OE
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