Passos espera que PS não tenha medo de evocar passado
Presidente social-democrata espera que os socialistas se sintam "livre" para falar dos resultados atingidos pelo PSD e que demonstram que a possível aplicação de sanções não é justa
O presidente do PSD assumiu, este sábado, em Santarém, esperar que o Governo junte aos dois votos aprovados no parlamento contra a imposição de sanções a Portugal "as razões que demonstram porque é que não há razão para haver sanções".
Para Passos, é "muito significativo" que o PS não tenha conseguido o apoio do PCP e do BE quando se procurou no Parlamento chegar a uma proposta comum para rejeitar as sanções. O líder social-democrata acusou estes dois partidos de "preferirem censurar o Governo anterior a defender o País no plano externo".
"Isso é um absurdo. Espero que o Governo [usando o facto de toda a gente no parlamento estar contra as sanções] se sinta livre para falar dos resultados que atingimos, independentemente de o terem sido por um Governo que não era do PS", disse, durante uma visita à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém.
Passos Coelho reafirmou não ver no quadro que está definido para a aplicação de sanções "razões para que sejam aplicadas" a Portugal, porque, apesar do que representou o impacto da resolução do Banif, decidido em Dezembro do ano passado, "o País cumpriu a meta de não ter um défice superior a 3%", o que deveria ter conduzido à "discussão da saída do procedimento por défices excessivos".
Questionado sobre o apoio a Portugal declarado pelo Presidente francês, François Hollande, o ex-primeiro-ministro declarou-se "satisfeito por saber que a França faz essa avaliação", mas, realçou o facto de Portugal ter "muitos amigos" e o respeito dos seus pares dentro da Europa. "É esse respeito que deve ser avaliado quando uma decisão for proposta se é que vai ser proposta alguma decisão", frisou.
Durante a visita, o líder do PSD disse "visível um certo desinvestimento político" no sector agrícola, exortando o Governo a "rever o que tem sido a sua orientação".
Pedro Passos Coelho afirmou que "não basta ter um ministro conhecedor da área", como acontece com Capoulas Santos, e que é preciso que a agricultura tenha "importância política", havendo "consequentemente um alinhamento dos meios que são colocados à disposição do sector para que ele possa crescer".
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