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Passos Coelho não vai ser candidato a Lisboa, garante PSD

13 de dezembro de 2016 às 20:09

O coordenador autárquico do PSD, Carlos Carreiras, afastou uma candidatura autárquica por parte do líder social-democrata, no dia em que os sociais-democratas assinaram um acordo quadro com o CDS

O coordenador autárquico do PSD, Carlos Carreiras, manifestou expectativa de que as coligações com o CDS-PP possam aumentar em 2017 relativamente a 2013 e afastou uma candidatura autárquica por parte do líder social-democrata.

 

"Estamos a meio de um processo. Aquilo que é a nossa expectativa, daquilo que já foi percorrido dentro desse percurso, é de que temos uma expectativa positiva, fundamentada, de podermos aumentar as coligações a nível nacional em comparação com 2013, isso temos", afirmou Carlos Carreiras.

 

Na assinatura do acordo quadro entre PSD e CDS-PP para as eleições autárquicas de 2017 esta terça-feira, num hotel de Lisboa, Carlos Carreiras afirmou ainda que Pedro Passos Coelho "é candidato a primeiro-ministro", não a presidente de Câmara.

 

"Essa questão em concreto não está nas expectativas. O doutor Pedro Passos Coelho é candidato a primeiro-ministro no momento e na altura em que se vier a colocar essa mesma questão, portanto, não é candidato a presidente de Câmara", afirmou Carreiras, em resposta aos jornalistas.

 

Sobre um possível aumento de coligações entre os dois partidos, o secretário-geral do CDS-PP, Pedro Morais Soares, disse, por seu turno: "Tudo aponta que possamos andar no mesmo número, um pouco mais, um pouco menos, mas isso cabe também às estruturas locais".

 

Confrontado com Lisboa, onde o CDS-PP candidata a líder, Assunção Cristas, e um possível apoio dos sociais-democratas à presidente centrista, Carreiras respondeu começando por distinguir as duas vitórias que querem atingir, em primeiro lugar, quantitativas, ter mais votos, em segundo lugar, "aquilo que marca a qualidade de vida dos concidadãos, uma vitória qualitativa".

 

"No caso do PSD, até 31 de Março, que foi a data que colocámos já em Abril do ano passado, é um processo de procurar convergência, abrangência, e de apresentar projectos que sejam ganhadores do ponto de vista eleitoral mas, acima de tudo, que possam ser concretizadas essas mesmas vitórias do ponto de vista qualitativo", defendeu.

 

O coordenador autárquico do PSD diz que o partido não tem feito "nenhuma distinção em relação a qualquer um dos 308 municípios" relativamente ao processo autárquico e ao calendário.

 

Carreiras justificou a ausência dos líderes partidários da assinatura deste acordo quadro com a intenção de vincar uma "marca distintiva no respeito pela autonomia local".

 

PSD e CDS-PP celebraram 92 acordos em 2013, governando juntos em 22 municípios, apontou Morais Soares, sublinhando sempre que "cabe às estruturas locais e distritais celebrar esses mesmos acordos".

 

O acordo hoje assinado define "regras enquadradoras" das alianças pré-eleitorais já negociadas ou a negociar, "podendo ser extensível a outras forças partidárias desde que acordado previamente", estabelece o documento distribuído aos jornalistas.

 

É estabelecido que "a apresentação dos candidatos é da responsabilidade do partido que indicar o cabeça de lista à Câmara Municipal, devendo estar presente um dirigente nacional do outro partido".

 

O documento define que, "para efeitos de repartição de votos e da subvenção pública" os dois partidos acordaram que "o critério de repartição pelas coligações será: PPD/PSD 80% e CDS-PP 20%".

 

A designação do mandatário de lista e do mandatário financeiro será da responsabilidade do partido que indicar o cabeça de lista, fixa ainda o acordo.

 

O acordo, que tem 10 pontos, dita ainda que "a resolução de conflitos" que emerjam do mesmo e as "dúvidas interpretativas" serão resolvidas "mediante decisão conjunta das comissões coordenadoras autárquicas dos dois partidos".

 

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