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Negrão vai ao Conselho Nacional, mas só depois do plenário na AR

16 de janeiro de 2019 às 20:02

"Estarei na sessão plenária enquanto decorrer, logo que termine deslocar-me-ei ao Conselho Nacional", afirmou o líder parlamentar do PSD.

O líder parlamentar doPSD, Fernando Negrão, confirmou hoje que irá à reunião doConselho Nacionaldo partido, no Porto, mas apenas depois de terminar o plenário na Assembleia da República.

"Irei obviamente à reunião do Conselho Nacional. Estarei na sessão plenária enquanto decorrer, logo que termine deslocar-me-ei ao Conselho Nacional", afirmou, questionado pelos jornalistas no parlamento, no final da sessão plenária de hoje.

O plenário na quinta-feira começa às 15h00 (e não deverá estender-se por muito mais de duas horas), precisamente com um projeto de resolução do PSD que recomenda aoGovernoa implementação de um plano de contingência para o 'Brexit', e o Conselho Nacional arranca às 17h00, noPorto.

Questionado como vê as críticas de deputados que acusam a direção de "falta de respeito" por marcar um Conselho Nacional à hora em que decorrem trabalhos parlamentares, Fernando Negrão respondeu com a possibilidade de serem justificadas as faltas.

"Há uma figura que se chama trabalho político que justifica ausências. Uma ida ao Conselho Nacional nestas circunstâncias é motivo de justificação", defendeu.

O líder da bancada do PSD disse não ter ainda feito a contabilidade das ausências no seu grupo parlamentar, mas manifestou a convicção de que "a bancada não ficará vazia" e escusou-se a pronunciar sobre a polémica à volta do método de votação da moção de confiança à direção deRui Rio.

Antes, a deputada Paula Teixeira da Cruz tinha afirmado aos jornalistas que não iria ao Conselho Nacional por considerar "um desrespeito" a marcação da reunião em cima de trabalhos parlamentares.

Além disso, diz também não ter recebido convocatória, ao contrário do que é habitual, e criticou o procedimento feito nas últimas reuniões de separar os deputados sem direito a votos dos restantes.

"É uma desconsideração para com a Assembleia da República e a República", apontou.

Questionado se é aceitável que a moção de confiança seja votada de braço no ar, Teixeira da Cruz respondeu taxativamente.

"De maneira nenhuma, os estatutos do PSD preveem que quando haja um pedido -- que é potestativo, obrigatório, não está sujeito a votação -- de um mínimo de 14 conselheiros a solicitarem que o seja por voto secreto, deve ser respeitado esse requerimento", defendeu, acrescentando que seria também "uma tentativa de condicionamento".

O Conselho Nacional do PSD, órgão máximo do partido entre Congressos, discute e vota na quinta-feira uma moção de confiança à direção, pedida pelo presidente Rui Rio, depois de o antigo líder parlamentar Luís Montenegro ter desafiado o líder a convocar diretas antecipadas, assumindo que seria candidato.

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