Secções
Entrar

Marcelo promete retirar conclusões se remodelação do Governo não funcionar

Lusa 03 de janeiro de 2023 às 10:26

Presidente da República retirará as suas conclusões se a remodelação governamental com "prata da casa" não funcionar.

O Presidente da República admitiu hoje que primeiro-ministro quis "mexer o menos" possível no Governo, mas prometeu que retirará as suas conclusões se a remodelação governamental com "prata da casa" não funcionar.

Rui Ochoa/Presidência da República/LUSA

À chegada do Brasil, Marcelo Rebelo de Sousa comentou a mudança no executivo, anunciada na segunda-feira, considerando que é a que "mexe menos" no Governo, dá "continuidade às mesmas politicas", dado que a nova ministra da Habitação, Marina Gonçalves, já era secretária de Estado, e o novo ministro das Infraestruturas conhece bem "o antigo ministro", Pedro Nuno Santos.

"O critério é: fazer com a prata da casa para não mexer naquilo que existia", afirmou Marcelo aos jornalistas pouco depois de aterrar no aeroporto de Lisboa, vindo de Brasília, onde assistiu à posse do novo Presidente do Brasil, Lula da Silva.

"Vamos ver. Se isso funcionar é boa ideia. Se não, retiraremos daí as conclusões", afirmou o Presidente, sem adiantar a que tipo de conclusões se refere.

Em declarações captadas pelas televisões, Marcelo Rebelo de Sousa insistiu ainda que, se esta remodelação não resultar, "isso recairá sobre o primeiro-ministro", António Costa.

O Presidente evitou pronunciar-se sobre os pedidos dos partidos da oposição, como o PSD, que defenderam a saída do ministro das Finanças, Fernando Medina.

O primeiro-ministro escolheu na segunda-feira os atuais secretários de Estados João Galamba e Marina Gonçalves para as funções de ministro das Infraestruturas e de ministra da Habitação, respetivamente, para substituir Pedro Nuno Santos, que tinha as tutelas até à semana passada.

Pedro Nuno Santos demitiu-se na sequência do caso da indemnização de 500 mil euros da TAP a Alexandra Reis, secretária de Estado do Tesouro, demitida dias antes, para deixar a transportadora aérea.

Interrogado, ainda no Brasil, se ficou satisfeito com as declarações de António Costa e se as mudanças anunciadas no Governo põem fim à crise política, o Presidente respondeu que nessa altura estava no Itamaraty e que de qualquer forma não iria comentar as suas palavras.

"Mas penso que o primeiro-ministro terá dito que a razão fundamental da divisão em dois ministérios era óbvia: dar maior importância à habitação", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

Por outro lado, segundo o Presidente da República, o primeiro-ministro "terá explicado que a solução adotada quanto aos dois ministérios, à chefia dos dois ministérios, tinha a ver com aquilo que correspondia mais à continuidade da política, e à continuidade administrativa e, portanto, à preocupação de não criar ruídos políticos e administrativos dentro do Governo".

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela