Grupo terrorista Estado Islâmico mata mais de 150 pessoas na Síria
Homs e Damasco foram as duas cidades atacadas. Atentados ocorreram em zonas controladas pelo regime sírio de al-Assad
Pelo menos 150 pessoas morreram no domingo, dia 21 de Fevereiro, na Síria, numa série de atentados reivindicados pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), em zonas controladas pelo regime do Presidente Assad, enquanto Washington e Moscovo insistem na instauração de um cessar-fogo.
Homs, a terceira cidade do país, foi atingida pelo mais sangrento atentado ali ocorrido desde 2011, com 59 mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma organização não-governamental.
No sul de Damasco, 83 pessoas foram mortas perto de um santuário xiita, num duplo ataque jihadista, noticiou a agência síria de notícias, enquanto o observatório contabilizou 96 mortos.
O enviado das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, emitiu um comunicado de condenação aos atentados.
Foi neste contexto, e apesar do fracasso das anteriores tentativas de decretar um cessar-fogo no país devastado pela guerra, que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou, no domingo, em Amã, "um acordo de princípio provisório" com a Rússia, sobre as condições para uma trégua, que "poderá começar nos próximos dias".
A multiplicação dos protagonistas, as divisões internacionais e o aumento do poderio do grupo extremista EI e da Frente Al-Nusra minaram os esforços para uma solução do conflito que fez, em quase cinco anos, mais de 260 mil mortos e obrigou à fuga de mais de metade da população do país.
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