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EasyJet continua a monitorizar mercado mas não prevê regressar aos Açores

Lusa 20 de novembro de 2025 às 19:51

Notícia surge depois de a Ryanair ter anunciado "que irá cancelar todos os voos de/para os Açores a partir de 29 de março de 2026".

A easyJet não prevê retomar operações nos Açores a curto ou médio prazo, apesar de afirmar que continua a acompanhar as oportunidades de mercado em todas as regiões onde opera ou possa vir a operar.
Em resposta a perguntas da Lusa, colocadas na sequência do anúncio da Ryanair de que irá cancelar todos os voo no arquipélago a partir de 29 de março de 2026, fonte oficial da easyJet afirmou que a companhia "monitoriza continuamente as oportunidades de mercado e os desenvolvimentos no ambiente operacional de todas as regiões onde opera ou possa vir a operar". Contudo, acrescentou que, "neste momento, não tem planos para um regresso aos Açores a curto ou médio prazo". A transportadora aérea 'low cost', que deixou de voar para o arquipélago em 2017, afirma que as suas decisões estratégicas "são tomadas com base numa análise rigorosa das condições de mercado, viabilidade económica e alinhamento com a estratégia global, e não em função de movimentos de outras companhias aéreas". A easyJet foi a primeira 'low cost' a chegar aos Açores, em 2015, na sequência da liberalização das ligações aéreas entre duas ilhas do arquipélago e o continente português. Dois anos depois, quando anunciaram a saída, o director-geral da companhia, José Lopes, explicou que a easyJet não conseguiu entrar naquele mercado "com a oferta mínima de qualidade". "Nós não saímos por o tráfego de Ponta Delgada estar a baixar -- estava a crescer -- mas, na nossa conjuntura, não conseguimos ter a oferta que queríamos, que era, no mínimo, ter dois voos diários. Não tendo essa capacidade preferi retirar e transformar essas rotas em rotas diárias [em outros destinos]", declarou José Lopes. A Ryanair anunciou hoje "que irá cancelar todos os voos de/para os Açores a partir de 29 de março de 2026, devido às elevadas taxas aeroportuárias (definidas pelo monopólio aeroportuário francês ANA) e à inação do Governo português". Em causa, segundo a 'low cost', está o "aumento das taxas de navegação aérea em +120% após a Covid" e a intrdução de "uma taxa de viagem de dois euros, numa altura em que outros Estados da União Europeia (UE) estão a abolir taxas de viagem para garantir o crescimento de capacidade, que é escasso". Em reação, o Governo e a concessionária dos aeroportos mostraram-se surpreendidos com as declarações da Ryanair. Além disso, o Ministério das Infraestruturas defendeu que "a taxa de rota aplicada aos Açores é a mais baixa da Europa e que a taxa de terminal se situa entre as mais reduzidas".
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