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"É preciso dar tempo ao PSD", assume Costa

12 de junho de 2016 às 22:09

O primeiro-ministro defendeu que Portugal precisa de "consensos alargados sobre os grandes desafios", apontando como exemplo a qualificação dos portugueses como base para a competitividade, e considerou que é preciso dar tempo ao PSD

O primeiro-ministro, António Costa, não destoou do discurso do Presidente da República e defendeu, também ele, que Portugal precisa de "consensos alargados sobre os grandes desafios", apontando como exemplo a qualificação dos portugueses como base para a competitividade. O líder do PS foi ainda mais longe e considerou que é preciso dar tempo ao PSD.

 

António Costa assumiu esta posição em declarações aos jornalistas, no último dia de uma visita a Paris em conjunto com o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, depois de considerar que existe "uma grande unidade na defesa dos interesses nacionais" entre Governo e Presidente da República.

 

Questionado sobre a relação com o PSD, respondeu: "Eu acho que é preciso dar tempo e também respeitar as diferenças dos outros. E acho que temos de conseguir ir superando e vencendo essas diferenças". "O País viveu aqui momentos de alguma tensão. Acho que hoje estão superados, e estou certo de que também o PSD se saberá juntar a esse movimento, que é um movimento que todo o país deseja, de nos concentrarmos nos desafios do futuro", acrescentou.

 

António Costa disse que "o caminho faz-se caminhando" e salientou que, em relação à recusa de sanções europeias por défice excessivo, foi possível haver no parlamento "uma unanimidade naquilo que importava, que era a parte conclusiva".

 

Por outro lado, o primeiro-ministro realçou que "mais de 50 propostas apresentadas pelo PSD foram votadas favoravelmente e incorporadas no Programa Nacional de Reformas". "Tanto quanto sei, está a correr bem o diálogo para passar as designações que têm de ser feitas na Assembleia da República por dois terços", referiu, concluindo: "Portanto, eu acho que não há nenhuma razão para haver pessimismo quanto às possibilidades de haver entendimentos sobre temas que requerem consensos entre todos".

 

Ainda antes das declarações do primeiro-ministro, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha dito que seria bom para Portugal que a sua convergência com António Costa durasse o maior período de tempo possível e se alargasse a outros partidos.

 
O chefe de Estado defendeu que Portugal saía a ganhar se "no maior número de domínios houvesse entendimento no essencial, porque é o que se passa noutras democracias mais avançadas da Europa, e por isso é que elas são mais avançadas", e lamentou: "Infelizmente, não é possível para já na educação, e vai demorar tempo na Segurança Social".

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