Secções
Entrar

E-toupeira: Testemunhas da Benfica SAD já estão a ser ouvidas no tribunal

20 de novembro de 2018 às 15:28

Pedro Proença, o director financeiro do Benfica, Miguel Moreira, e o director de comunicação do clube, Luís Bernardo, encontram-se no tribunal.

O presidente da Liga de clubes, Pedro Proença, o director financeiro do Benfica, Miguel Moreira, e o director de comunicação do clube, Luís Bernardo, testemunhas arroladas pela Benfica SAD no processoe-toupeira, já se encontram no tribunal.

Pedro Proença não foi visto pelos jornalistas a entrar no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), mas fonte da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, contactada pela Lusa, confirmou que o responsável compareceu à sessão agendada para ter início hoje, pelas 14:00, pelo que deverá ter entrado por outra entrada que não a principal, que tem sido usada por todos os outros elementos que participam nesta fase de instrução do processo e-toupeira.

Por seu turno, Miguel Moreira e Luís Bernardo não prestaram declarações à comunicação social à entrada para o TCIC, onde também se encontram os mandatários das outras partes envolvidas no processo, quer no papel de arguido (como a Benfica SAD e o seu ex-assessor jurídico Paulo Gonçalves, bem como os dois funcionários judiciais visados pela Justiça), ou de assistente (como é o caso da Sporting SAD).

A fase de instrução do processo 'e-toupeira', requerida pelos quatro arguidos, incluindo a Benfica SAD, começou na quarta-feira da semana passada no TCIC, em Lisboa.

A instrução, fase facultativa que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue para julgamento, tem decorrido à porta fechada, com início sempre às 14:00, excepto no debate instrutório, agendado para 26 de novembro, e na leitura da decisão instrutória, sessões que serão públicas.

No Requerimento de Abertura de Instrução (RAI), a SAD do Benfica defende que a acusação do Ministério Público (MP) é infundada e que terá de cair nesta fase. O RAI assenta em três pontos essenciais, nomeadamente o desconhecimento dos factos imputados ao seu antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves e restantes dois arguidos, ambos funcionários judiciais.

A acusação do MP considera que o presidente da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios aos dois funcionários judiciais, por parte de Paulo Gonçalves, a troco de informações sobre processos em segredo de justiça, envolvendo o Benfica, mas também clubes rivais.

A SAD do Benfica está acusada de 30 crimes e Paulo Gonçalves de 79 crimes. O MP acusou a SAD do Benfica de um crime de corrupção ativa, de um crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e de 29 crimes de falsidade informática.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela