Rei emérito Juan Carlos não recebeu nenhum. Não faltaram camisolas de clubes de futebol, e também se regista uma bandeira ucraniana.
Um peluche, uma caneta, dois casacos, dois castiçais e uma jaleca: eis alguns dos 301 presentes institucionais que a Casa Real espanhola recebeu em 2023 durante os seus eventos e visitas reais.
A maioria dos presentes foram livros, placas e outros objetos comemorativos, como artesanato típico e produtos tradicionais oferecidos nas várias viagens da família real. Mas também figura na lista uma bandeira ucraniana com dedicatórias, presenteada por um grupo de combatentes ucranianos que a família real visitou no Hospital Geral de Defesa em Saragoça.
Dos presentes mais marcantes de 2023, está uma guayabera - uma camisa masculina de linho - oferecida ao Rei Felipe VI durante a Feira Internacional de Turismo Fitur, pelo governador da Comunidade de Porto Rico. Também foram recebidos vários livros e um peluche durante a viagem a Nova Iorque, em julho.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, deu dois castiçais durante um almoço oficial com o rei e a rainha no mesmo mês. Já o cozinheiro Koldo Royo ofereceu ao Rei um "casaco de chef personalizado".
A rainha Letizia recebeu ainda um cachecol personalizado de San Fermín do presidente da Câmara de Pamplona. Na terceira cimeira da Comunidade Política Europeia, realizada em Granada, recebeu um porta-moedas de Annik Penders, a mulher do primeiro-ministro dos Países Baixos. No mesmo dia, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, ofereceu-lhe quatro panos de mesa individuais e um corredor de mesa.
Com destino à princesa das Astúrias, Leonor, à infanta Sofia, e à Rainha destacaram-se três camisolas do Jaén Club de Fútbol, que foram entregues numa audiência. No juramento da Constituição de Leonor, Pedro Sánchez, presidente do governo espanhol, entregou-lhe um exemplar da Constituição Espanhola de 1978 e outro com a Carta dos Direitos Fundamentais.
Segundo a informação publicada esta quarta-feira no portal de transparência da Casa Real, tornada pública desde 1 de janeiro de 2015 com a Lei da Transparência, a distribuição dos 301 presentes foi: 150 para o Rei Felipe VI, 72 para a Rainha Letizia, 14 para a princesa das Astúrias, dois para a infanta Sofia e oito para a Rainha Sofia. Os restantes foram atribuídos em conjunto. Só para o rei emérito Juan Carlos, não seguiu nenhum.
O arquivo da Casa Real Espanhola indica que em 2015 foram recolhidas 326 ofertas e no ano seguinte, 378. Em 2017, foram 429, em 2018, ano mais numeroso, 440 e em 2019, 423. Já em 2020, ano da pandemia, foi o ano em que o número caiu para 246. Em 2021, o número sobe para 207, e finalmente, em 2022, 389.
A norma estabelece que os presentes recebidos pela Casa do Rei passam a fazer parte do Património Nacional Espanhol.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.
O caso Spinumviva morreu. A Spinumviva ela própria continua viva e de saúde.
