Sábado – Pense por si

Andou num tanque, visitou refugiados ucranianos e assistiu a treinos militares: a viagem de William à Estónia

Luana Augusto
Luana Augusto 21 de março de 2025 às 12:58
As mais lidas

O príncipe de Gales está desde quinta-feira em visita à Estónia. Esteve a bordo de um tanque, visitou jovens refugiados ucranianos e reuniu-se com algumas das 900 tropas britânicas, que guardam a fronteira entre a NATO e a Rússia. Momentos que foram vistos como apoio incondicional à Ucrânia.

O príncipe de Gales viajou na quinta-feira (20) para a Estónia, com o propósito de demonstrar o seu apoio às tropas do Reino Unido, que guardam a fronteira entre a NATO e a Rússia. Porém, esta sexta-feira, o inesperado acabou mesmo por acontecer.

AP Photo/Sergei Grits

Vestido com um uniforme militar, William andou num tanque Challenger 2. O que em termos de atuação da monarquia britânica, pouco dada a discursos políticos, está a ser visto em Inglaterra como uma mensagem clara de apoio ao compromisso do Reino Unido em dissuadir qualquer agressão russa. 

Além deste veículo armado, o príncipe inspecionou um blindado Warrior, de combate francês e que conta com um sistema de lançamento múltiplo de mísseis; um veículo Trojan, que tem como propósito limpar obstáculos; e conduziu ainda um sistema de artilharia móvel Archer.

Durante o segundo dia de visita à Estónia, William esteve ainda com alguns dos 900 elementos das tropas britânicas, incluindo soldados do Regimento da Mércia, do qual o príncipe é coronel-chefe, e assistiu aos treinos das tropas na base militar de Tapa. Estes soldados estão treinados para dissuadirem qualquer ameaça no flanco oriental da NATO.

Na quinta-feira, à chegada, William foi recebido por uma multidão calorosa, que não resistiu em fazer selfies com o príncipe. Neste mesmo dia reuniu-se durante 35 minutos com o presidente da Estónia, Alar Karis, sendo que neste encontro terá sido discutido o conflito na Ucrânia, aponta a BBC.

Além disso, William aproveitou ainda para se encontrar com jovens ucranianos refugiados, numa escola em Talin. Foi para aqui que vários ucranianos acabaram por fugir após a invasão russa iniciada a 24 de fevereiro de 2022. "A resiliência ucraniana está por todo o lado", disse o herdeiro do trono britânico aos estudantes. "Vocês têm um espírito muito bom, almas muito boas e isso é muito importante."

A viagem de dois dias ocorre num momento em que se vive um cenário de incerteza entre a Ucrânia e a Rússia, sobre um possível acordo de paz, mediado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Artigos Relacionados
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.