Secções
Entrar

Apologia de Kanye West a Hitler com milhões de visualizações na rede social X

Lusa 11 de maio de 2025 às 10:18

Outras plataformas digitais, como o Spotify e a Soundcloud, retiraram a canção das suas aplicações.

A canção "Heil Hitler", em que o 'rapper' Ye (Kanye West) faz a apologia do ditador nazi Adolf Hitler e cuja capa é uma suástica, tem milhões de visualizações na rede social X, do magnata norte-americano Elon Musk.

REUTERS/Kevin Lamarque

Outras plataformas digitais, como o Spotify e a Soundcloud, retiraram a canção das suas aplicações.

O videoclip da canção, em que um grupo de homens afro-americanos entoa em uníssono a saudação nazi "Heil Hitler!", foi lançado na X (antigo Twitter) na passada quinta-feira pelo próprio West e conta já com 7,4 milhões de visualizações e mais de 85 mil "gostos" na rede social.

O tema, lançado juntamente com o 'single' 'WW3' ('World War III', 'Terceira Guerra Mundial'), em cuja letra Kanye West também menciona Hitler e garante que votou em Donald Trump nas últimas presidenciais norte-americanas, foi retirado momentos após a sua disponibilização pelas plataformas Spotify, YouTube e Soundcloud.

"O 'Heil Hitler' de Ye foi banido de todas as plataformas de 'streaming' digital, ao passo que 'Rednecks', de Randy Newman, continua disponível. Estão, literalmente, a desapontar os negros", queixou-se o polémico 'rapper' norte-americano, no seu perfil da X.

A canção de Newman, um músico branco norte-americano, inclui na letra a palavra "nigger", um insulto racista historicamente usado para atacar as pessoas afro-americanas.

O vídeo de West também pode ser encontrado no Facebook, que é propriedade da Meta, partilhado por vários perfis desta rede social.

A Liga Anti-Difamação (ADL) lançou uma petição para exigir que o diretor executivo da Meta, Mark Zuckerberg, reponha a sua política contra comportamentos que incitem ao ódio.

Em janeiro deste ano, a empresa alterou a sua política de conduta e permitiu, por exemplo, que nas suas redes sociais os utilizadores pudessem chamar "doentes mentais" às pessoas LGBTI+ (Lésbicas, 'Gays', Bissexuais, Transgénero, Intersexuais e outras) ou opor-se à presença de mulheres nas Forças Armadas ou policiais.

Quanto a Ye, não se trata da primeira polémica que protagoniza, depois de, em fevereiro passado, ter afirmado numa série de publicações, também na rede social X, que é nazi e que controlava a sua então companheira, a modelo Bianca Censori, que obrigou a usar um vestido de rede transparente que expunha totalmente o seu corpo na cerimónia de entrega dos Óscares, em Los Angeles.

Na altura, o cantor emitiu ataques ao proprietário da rede social X, Elon Musk, e à comunidade judaica, afirmando mesmo que "adorava Hitler" e que era nazi.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela