A Defesa indefensável
Sim, temos de aumentar o investimento na Defesa. Mas é bom ter cuidado com os consensos de regime. Há muito Diabo nestes detalhes.
Sim, temos de aumentar o investimento na Defesa. Mas é bom ter cuidado com os consensos de regime. Há muito Diabo nestes detalhes.
No Ministério da Defesa, os negócios de favor e a distribuição de comissões aos amigos passaram de disfunção das messes para função dos gabinetes.
Tiveram os maiores barcos de Angola, fizeram corridas de carros em Jaguares, mandaram erguer igrejas com santos e bispos vindos da metrópole, a mesma metrópole de onde chegaram a enviar governantas para casas com ares condicionados instalados por portugueses. Na África de todas as oportunidades, alguns montaram negócios nunca vistos – como os pioneiros da cerveja e do whisky local –, outros enriqueceram com algodão, fazendas de gado e abacaxi ou conservas de atum.
A Marinha bem pode arquivar o caso dos marinheiros do NRP Mondego na prateleira das suas vergonhas. Quem diz a verdade não merece castigo.
A estagnação de Portugal no combate à corrupção coincide com a nossa estagnação económica e social. Não há coincidências.
A Relação de Lisboa transformou as penas suspensas aplicadas a seis militares arguidos na Operação Zeus em penas efectivas de cadeia.
A única coisa mais perigosa do que a corrupção sistémica que tomou conta de áreas cruciais das Forças Armadas é o estado de negação dos responsáveis políticos e militares.
O juiz de instrução criminal vai decidir quem vai a julgamento na Operação Marquês. De jovem que tratava dos animais na quinta a juiz num tribunal internacional, este é o percurso do homem que será o centro das atenções esta sexta-feira.
Um esquema de corrupção montado com várias empresas de fornecimento de alimentos permitiu a quatro militares ganhar 246 mil euros que não lhes pertenciam.
Tribunal de Sintra sentenciou também empresários envolvidos num esquema de sobrefacturação. Juízes concluíram que Estado foi lesado em 1,755 milhões de euros entre 2011 e 2016
O processo sobre corrupção e falsificação de documentos tem como arguidos 30 militares (16 oficiais e 14 sargentos) e 38 civis, entre empresas e pessoas individuais.
Se a fase de julgamento do processo "Zeus" está no final, a aguardar o acórdão do tribunal de Sintra, e o julgamento do processo "Comandos" está mais próximo do fim do que do início, parece que relativamente ao "caso Tancos" muita água ainda vai correr debaixo da ponte.
Operação está relacionada com a sobrefaturação na aquisição de alimentos e outros bens para as messes da Força Aérea.
As férias judiciais terminam este sábado e o sistema retoma em setembro a sua atividade normal. É aguardada a conclusão das investigações ao caso Universo Espírito Santo, à "Operação Lex" e ao furto de armas em Tancos.
Ramo das Forças Armadas continua a dar dinheiro a firmas arguidas na Operação Zeus.
Operação Zeus: empresários e militares estão a ser julgados por dezenas de crimes de corrupção nas messes da Força Aérea, que podem cair, caso a tese do defensor de dois arguidos seja aceite pelo tribunal