Advogado oficioso ainda não falou com José Sócrates: "Não tenho qualquer contacto do sr. engenheiro"
José Ramos foi nomeado para defender o antigo primeiro-ministro no julgamento da Operação Marquês depois da renúncia de Pedro Delille
José Ramos foi nomeado para defender o antigo primeiro-ministro no julgamento da Operação Marquês depois da renúncia de Pedro Delille
O Novo Banco só podia acabar assim: com o Estado a sair por uma porta e a PJ a entrar por outra.
Estado prevê encaixar cerca de 1,7 mil milhões de euros com a venda do banco. Formalizado o entendimento com todos os acionistas, segue-se a notificação da operação a Bruxelas e ao BCE.
Pela primeira vez, o Novo Banco representou uma receita para os cofres públicos. Foram 20 milhões de euros.
Em julho, o Tribunal Local Cível de Cascais declarou o acompanhamento por incapacidade de Ricardo Salgado, limitando os seus direitos e nomeando como acompanhante a sua mulher.
Ministério Público alegou não ter recursos e contratou consultora Deloitte para acompanhar perícia.
O famoso caso do “cartel da banca” morreu, como esperado, com a prescrição. Foi uma vitória tremenda da mais cara litigância de desgaste. A perda é coletiva.
Na sexta sessão, o antigo primeiro-ministro voltou a falar do TGV e foi confrontado com um jantar em casa de Salgado que garante nunca ter acontecido.
Parece História antiga, mas ainda estamos a pagar a corrupção sistémica que nos atirou para a crise.
O acompanhamento de Ricardo Salgado, de 81 anos e doente de Alzheimer, foi requerido pelo MP, tendo o antigo presidente do BES sido representado no processo por um advogado oficioso.
Parece que desta vez é que é: o antigo primeiro-ministro começa a ser julgado por suspeitas de corrupção, num julgamento que vai ressuscitar os acordos com a Venezuela, a antiga Portugal Telecom e a ascensão do Grupo Lena.
Responsável pela auditoria pedida pelo Banco de Portugal esteve esta sexta-feira em tribunal.
Álvaro Sobrinho, que reside em Angola, tinha contestado por apenas 90 dias do visto concedido para comparecer em Portugal para o julgamento, mas o argumento foi hoje rejeitado pelo Tribunal Central Criminal de Lisboa.
Em causa está o alegado desvio, entre 2007 e 2012, de fundos de um financiamento do BES ao BES Angola em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário.
Antigo banqueiro tinha licença de porta de arma, mas estava caducada desde 2019.
"Ainda que seja certo que o arguido padece [atualmente] de uma situação pessoal de doença mental, geradora da necessidade de cuidados a esse nível, igualmente temos como certo que o mesmo não está no patamar de incapacidade que alega", observam os juízes.