Presidente do Chega afirmou que não estará ao lado de quem defende essa ideologia.
O presidente do Chega, André Ventura, afirmou hoje que a manifestação que está a promover para sábado "é de tudo menos de supremacia branca" e que não estará ao lado de quem defende essa ideologia.
"É uma manifestação de tudo menos de supremacia branca, de tudo menos de nazis. É uma manifestação que quer juntar forças políticas que condenaram a associação do racismo, esta ideia de que há racismo por todo o lado, esta ideia de que os portugueses são racistas e de que as forças policiais são uns criminosos e uns bandidos", declarou André Ventura aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa.
O presidente e deputado único do Chega, que falava depois uma reunião com o Presidente da República, fez questão de referir que a manifestação sob o lema "Portugal não é racista" que o seu partido está a organizar "não foi assunto" de conversa com Marcelo Rebelo de Sousa e "é matéria que ficará para outro fórum".
"Nós, obviamente, respeitaremos as indicações da Direção-Geral da Saúde (DGS). O que para nós é claro é isto: o tempo em que a esquerda dominava a rua acabou em Portugal e nós vamos mostrar isso já no próximo sábado", afirmou.
Confrontado com o facto de essa mesma afirmação ter sido proferida a meio deste mês pelo neonazi Mário Machado, num vídeo em que pede ao Chega que promova ações de rua, e questionado sobre em que medida aceita ou rejeita a ideia de supremacia branca e uma aliança com os grupos neonazis, André Ventura respondeu: "Rejeitamos completamente".
"Sempre o dissemos, voltamos a dizê-lo. A esquerda e a extrema-esquerda têm interesse em fazer estas associações, porque pensa que afasta eleitorado. Como se vê nas sondagens, não afasta. Portanto, podem continuar a tentar, ninguém acredita nisso. Ninguém acredita que aqui é um partido de neonazis ou de nazis, as pessoas acham isso ridículo", acrescentou.
Interrogado se não estará ao lado de quem defende essa ideologia, declarou: "Não. Eu nunca estive, portanto, também não estarei. Estarei lado a lado com os portugueses de bem, com os portugueses comuns, com aqueles que estão fartos disto e que querem um país diferente. Esses é que vão sair à rua no sábado".
Segundo o presidente do Chega, "as pessoas estão fartas da hipocrisia do politicamente correto, estão fartos dos coitadinhos que são sempre os coitadinhos e as forças de segurança são sempre os mauzões" e o que se vai ouvir no sábado é que "os portugueses não são racistas, as forças de segurança merecem o nosso respeito e as minorias têm direitos, mas também têm deveres".
André Ventura disse que a manifestação de sábado foi decidida e será concretizada pelo Chega.
"Aliás, como é público, eu convidei o [presidente do PSD] doutor Rui Rio, convidei o [presidente do CDS-PP] doutor Francisco Rodrigues dos Santos, convidei o [deputado da Iniciativa Liberal] doutor João Cotrim Figueiredo e até o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa", realçou.
Em resposta aos jornalistas, o presidente do Chega enquadrou a sua proposta de "medidas específicas" de "confinamento da etnia cigana" como uma resposta a um "padrão de comportamento comunitário" e motivada por preocupações de autarcas.
No final destas declarações, André Ventura foi informado de que o primeiro-ministro acabara de anunciar que na Área Metropolitana de Lisboa voltavam a ser proibidos ajuntamentos de mais de dez pessoas.
"Estou a ser surpreendido com isso agora mesmo", reagiu.
O deputado adiantou que irá contactar o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e o gabinete do primeiro-ministro, António Costa, "para garantir que as decisões que forem tomadas em matéria de saúde pública serão respeitadas pelo Chega".
Defendendo que "a saúde está sempre em primeiro lugar", André Ventura acrescentou que, se for preciso cancelar a manifestação de sábado, ela será realizada mais tarde, em Lisboa ou noutro ponto do país.
Ventura: Manifestação de sábado "é de tudo menos de supremacia branca"
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