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Líder do Chega disse no parlamento que “os turcos não são propriamente conhecidos por serem o povo mais trabalhador do mundo”. PS quis que o presidente da Assembleia da República condenasse a afirmação e vai levar o caso à conferência de líderes.
André Ventura disse no parlamento que "os turcos não são propriamente conhecidos por serem o povo mais trabalhador do mundo", o que levou à indignação de várias bancadas, nomeadamente o PS que pediu uma condenação por parte do presidente da Assembleia da República (AR. Aguiar-Branco negou, dizendo tratar-se de liberdade de expressão e está lançada a polémica entre os parlamentares.
FILIPE AMORIM/LUSA
Perante a afirmação do líder do Chega, esta sexta-feira, a líder da bancada do PS, Alexandra Leitão, questionou Aguair-Branco: "Se uma determinada bancada disser que determinada raça ou que determinada etnia é mais burra, mais preguiçosa e menos digna, também pode?". "No meu entender, pode", respondeu José Pedro Aguiar-Branco, perante os aplausos dos deputados do Chega.
Orgulho na minha camarada ?@Alexandrarfl? e vergonha da segunda figura do Estado. A liberdade de expressão não é um valor absoluto. Quando está em causa a um crime de racismo, o Presidente do Parlamento tem que ter a coragem de intervir. Shame on you, ?@aguiarbranco? pic.twitter.com/m6BvDZSznz
Já antes, perante os apupos logo após a declaração de Ventura, Aguiar-Branco deixou claro: "O senhor deputado tem liberdade de expressão para se exprimir e o julgamento do discurso político não é meu nem de nenhum deputado aqui da Assembleia. Será pelo povo nas votações".
O incidente aconteceu durante o debate sobre Infraestruturas e André Ventura estava a questionar os dez anos previstos para a construção do novo aeroporto: "Podemos ser muito melhores que os turcos, que os chineses, que os albaneses, vamos ter um aeroporto em cinco anos". "O aeroporto de Istambul foi construído e operacionalizado em cinco anos, os turcos não são propriamente conhecidos por ser o povo mais trabalhador do mundo", e foi aí que começaram os protestos das bancadas do PS, Bloco e Livre.
De imediato, o líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo, pediu a palavra para defender que "atribuir características e estereótipos a um povo não deve ter espaço no debate democrático da Assembleia da República" e pediu desculpas ao embaixador da Turquia.
Na resposta, o presidente da Assembleia da República disse discordar desta visão. "Não concordo, porque o debate democrático é cada um poder exprimir-se exatamente como quer fazê-lo. Na opinião do presidente da Assembleia, os trabalhos estão a ser conduzidos assegurando a livre expressão de todos os deputados, não tem a ver com o que penso pessoalmente, não serei eu o censor de nenhum dos deputados", afirmou.
Isabel Mendes Lopes, líder parlamentar do Livre, pediu a palavra para sublinhar que "o racismo é crime" e que o que é dito no parlamento "tem consequência direta na vida das pessoas".
"Não vou dar continuidade a este tema, a Assembleia tem inúmeros mecanismos regimentais para exprimir a sua opinião. Uma coisa pode ter a certeza, não serei eu nunca a cercear a liberdade de expressão", disse Aguiar-Branco, numa intervenção aplaudida de pé pela bancada do Chega.
No final do debate, Alexandra Leitão anunciou que vai levar a decisão do presidente da AR à conferência de líderes, já que o regulamento prevê a faculdade e dever do presidente "advertir bancadas de declarações injuriosas ou ofensivas".
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