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Debate: um liberal entra num bar com três esquerdistas e quem leva é a Economia

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 17 de maio de 2024 às 23:40

Se Portugal não estivesse no euro as taxas de juro não teriam subido na inflação, os eurodeputados precisam de poder vinculativo sobre o Banco Central Europeu, o salário mínimo devia estar indexado a 80% do de Espanha e o que é preciso é olhar aos "drivers de crescimento" - o debate entre os cabeças de lista da IL, do BE, do Livre e do PCP foi dominado pela economia. E não foi fácil.

O terceiro debate a caminho das eleições europeias ditou um alinhamento particular: João Cotrim de Figueiredo partilhou o painel com Catarina Martins (BE), João Oliveira (PCP) e Francisco Paupério (Livre), o que significou ter o cabeça de lista liberal em duelos variados com cada um e, a espaços, com todos em simultâneo. Num debate largamente dominado por temas de economia – salários, taxas de juro, fundos europeus – a diferença de posição entre liberais e esquerdistas iliberais (PCP e BE) ou mais suaves (Livre) foi total e, por vezes, quem saiu a perder foi a Economia (ou o espetador-eleitor).  

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