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Valentina não estava sinalizada pela CPCJ

11 de maio de 2020 às 21:02
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CPCJ de Peniche diz que criança foi sinalizada em abril de 2019, depois de ter fugido da casa do pai, mas que o processo foi arquivado e criança não voltou a ser sinalizada.

A menina de 9 anos encontrada morta no domingo na Serra D’el Rei, no concelho de Peniche, não estava sinalizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), informou hoje esta entidade, que em 2019 arquivou um processo relativo à criança.

O pai e a madrasta da menina foram detidos no domingo, indiciados dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver.

Em resposta à agência Lusa, a CPCJ de Peniche, no distrito de Leiria, esclareceu que a criança foi sinalizada em abril de 2019, depois de ter fugido da casa do pai e ter sido encontrada pelas autoridades policiais logo de seguida. Um mês depois, o processo foi arquivado.

"Tendo em conta os factos sinalizados e a informação recolhida à data, entendeu a CPCJ que não havia situação que justificasse a necessidade da aplicação de medida de promoção e proteção", justificou a CPCJ.

Após essa data, a CPCJ não voltou a sinalizar Valentina.

Questionada sobre os três menores, filhos do casal indiciado dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver, a CPCJ informou que o processo relativo à sua guarda foi remetido para decisão ao Tribunal de Família e Menores de Caldas da Rainha.

A criança, de 9 anos, que se encontrava desaparecida desde quinta-feira, após denúncia do pai à GNR, foi encontrada morta no domingo pela Polícia Judiciária (PJ), depois de ter sido vítima dos alegados crimes de homicídio e ocultação de cadáver.

A PJ deteve o pai, de 32 anos, e a madrasta, de 38, como sendo os principais suspeitos, após interrogatórios e provas recolhidas, e reconstituiu o crime com a sua colaboração.

A criança terá sido morta na tarde de quarta-feira dentro da moradia da família e o corpo levado depois para um eucaliptal, a seis quilómetros, já na freguesia de Serra d'el Rei, pertencente ao mesmo concelho, onde foi tapado com arbustos.

A menina residia com a mãe, mas estaria a viver com o pai no atual contexto da pandemia.

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