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V. Guimarães confirma busca e disponibiliza-se a colaborar com autoridades

04 de março de 2020 às 16:50
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Realização da Operação Fora de Jogo foi divulgada na manhã desta quarta-feira pela SÁBADO.

O Vitória de Guimarães demonstrou-se, esta quarta-feira disponível para colaborar com as autoridades, ao confirmar buscas às suas instalações no âmbito da Operação Fora de Jogo, divulgada na manhã desta quarta-feira pela SÁBADO

"A Vitória Sport Clube Futebol SAD confirma a realização de uma ação de fiscalização, levada a cabo pelo Ministério Público (MP) e pela Autoridade Tributária (AT), às suas instalações, esta quarta-feira [hoje]", lê-se num comunicado oficial no site do clube.

Os vimaranenses disseram ainda que existe "total disponibilidade" da sua parte para "colaborar com as autoridades competentes no esclarecimento de todas as questões que venham a ser suscitadas no âmbito desta ou outra qualquer investigação".

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou as buscas a "diversos clubes de futebol, respetivas sociedades e dirigentes, escritórios de advogados e agentes intermediários", num comunicado emitido a meio da manhã.

No âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e cuja investigação está a cargo da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), estão em curso 76 buscas, inclusive, domiciliárias, designadamente, em diversos clubes de futebol, respetivas sociedades e dirigentes, escritórios de advogados e agentes intermediários. Estas diligências realizam-se em todo o país e estão a ser efetuadas por 9 magistrados do Ministério Público do DCIAP, 7 magistrados judiciais, 101 inspetores Tributários e 181 militares da Unidade da Ação Fiscal da Guarda Nacional Republicana (GNR)", lê-se no comunicado. "A Polícia de Segurança Pública presta também a sua colaboração."

"No inquérito investigam-se negócios do futebol profissional, realizados a partir do ano de 2015, e que terão envolvido atuações destinadas a evitar o pagamento das prestações tributárias devidas ao Estado português, através da ocultação ou alteração de valores e outros atos inerentes a esses negócios com reflexo na determinação das mesmas prestações", adianta a PGR. "Em causa estão factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. O inquérito encontra-se em segredo de justiça."

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