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Um ano depois, o caos das filas nas lojas de cidadão mantém-se

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 05 de março de 2020 às 07:00

Horas de espera, senhas esgotadas e funcionários em burnout. Até já há quem tente vender águas aos mais madrugadores.

Ano novo, hábitos velhos. A partir das primeiras horas da manhã, ainda há quem espere, ao frio, pela abertura das lojas do cidadão, como tem acontecido nos últimos anos. Nas Laranjeiras, dia 28 de fevereiro, Fuad chegou às 3h da manhã para ser o primeiro da fila. Veio precavido para isso: trouxe cadeira, manta e tablet "para as horas passarem mais depressa". O jovem paquistanês quis tratar do seu número de identificação de Segurança Social (NISS): "O meu irmão aconselhou-me a vir bem cedo. Espero que valha a pena", contou à SÁBADO em inglês. Eram 6h20 e já a fila era composta por 38 pessoas. Duas horas depois, mesmo antes da abertura, já havia mais de 200 pessoas.

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