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Trabalhadores pedem afastamento de Paula Brito e Costa

Os trabalhadores da associação Raríssimas pediram hoje a "suspensão imediata" de Paula Brito e Costa, ex-presidente da entidade, num abaixo assinado entregue à direcção da associação

Os trabalhadores da associação Raríssimas pediram hoje a "suspensão imediata" de Paula Brito e Costa, ex-presidente da entidade, num abaixo assinado entregue à direcção da associação.

"Vimos requerer a vossas excelências a suspensão imediata da trabalhadora Paula Brito e Costa por parte de vossas excelências", afirma-se no pedido, assinado por 90 trabalhadores e divulgado esta noite à imprensa.

Dizem os trabalhadores que "uma investigação rigorosa e célere impõe que a presença da ex-presidente, enquanto trabalhadora da instituição, mesmo que à distância, seja impedida".

Na sequência da divulgação de suspeitas de gestão danosa da associação, Paula Brito e Costa demitiu-se do cargo de presidente, mas mantém-se a trabalhar, a partir de casa, como directora-geral.

Hoje, à porta Casa dos Marcos, estrutura de assistência da Raríssimas na Moita, os trabalhadores divulgaram o abaixo assinado, no qual dizem que a manutenção do cargo de directora-geral da Raríssimas por parte de Paula Brito e Costa "não é admissível à luz das suspeitas" de gestão danosa, cujos indícios "são fortes e reiteradamente denunciados".

Os trabalhadores dizem que as notícias sobre essa possível gestão danosa são "motivo de grande apreensão e perturbação na normal prestação do trabalho de todos".

Salientando não ter "qualquer intenção de proceder a um julgamento em praça pública" os trabalhadores acrescentam que as informações divulgadas "são susceptíveis de impedir a necessária confiança em quem detém um cargo de tão alto relevo".

Para os subscritores do abaixo-assinado é necessário um "rigoroso e cabal" esclarecimento dos factos, e para bem dos utentes e um regular funcionamento da casa devem todos os serviços funcionar com a "habitual normalidade".

Uma reportagem divulgada em 9 de Dezembro pela TVI deu conta de alegadas irregularidades nas contas da Raríssimas, tendo apresentado documentos que colocam a agora ex-presidente da associação, Paula Brito e Costa, como suspeita de utilizar fundos da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) para fins pessoais.

Entre as irregularidades apontadas, conta-se a compra de vestidos de alta costura, de bens alimentares caros e o pagamento de deslocações, apesar de ter um carro de alta gama pago pela Raríssimas. Além disso Paula Brito e Costa terá também beneficiado de um salário de três mil euros, de 1.300 euros em ajudas de custos e de um Plano Poupança Reforma que rondava os 800 euros mensais.

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