Os caudais do rio Tejo subiram hoje à tarde, inundando as zonas baixas de algumas localidades ribeirinhas do distrito de Santarém
"Decorrente da precipitação que se tem sentido no distrito, mas essencialmente das descargas das barragens espanholas e portuguesas, os níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo têm vindo a aumentar", disse à agência Lusa o comandante distrital da Protecção Civil de Santarém, Mário Silvestre, ao final da tarde, notando que "o rio ainda está dentro do leito".
Segundo o responsável, o maior caudal lançado pelo conjunto das barragens com influência no rio Tejo foi de 1.669 metros cúbicos por segundo (m3/s), registado às 15:00 de hoje.
Os valores vão manter-se nas próximas horas, acrescentou.
"Ainda não há cheia, mas a jusante de Almourol ainda se vai continuar a sentir a subida dos níveis das águas, reflectindo o pico das descargas", destacou Mário Silvestre, admitindo que o potencial de ocorrerem cheias é "muito significativo".
O responsável lembrou as barragens "atestadas", a "probabilidade de ocorrência de mais precipitação" e ainda "a variável da maré", que poderá afectar as localidades de Salvaterra de Magos e Cartaxo, zonas com fortes influências da maré.
Até às 22h00, "os caudais vão estabilizar nos 1.600 m3/s devido a um trabalho de articulação entre a Protecção Civil e a EDP Produção", afirmou.
A actualização da situação será feita através de comunicados da Protecção Civil de quatro em quatro horas.
As autoridades aconselham a população a retirar das zonas confinantes das linhas de água equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens, a retirar os animais para locais seguros, a não atravessar com viaturas ou a pé estradas ou zonas alagadas e a manter-se informada através da comunicação social e da Protecção Civil.
A Protecção Civil de Santarém anunciou hoje, às 12h00, o agravamento súbito e significativo dos caudais libertados pelas barragens espanholas, alertando para a previsão do galgamento de margens e de cheias na bacia do Tejo.
As zonas ribeirinhas da Golegã, o cais de Tancos (em Vila Nova da Barquinha), a zona baixa de Constância e Reguengo do Alviela (Santarém) foram apontadas como de perigo de submersão.
Também os Bombeiros Municipais de Santarém lançaram um aviso, referindo que na madrugada de terça-feira é previsível a submersão da Estrada Nacional 365 em Palhais, entre a ribeira de Santarém e Alcanhões e entre a ponte do Alviela e o Pombalinho, "isolando a povoação de Reguengo do Alviela".
Prevê-se ainda a submersão do Caminho Municipal 1348, entre a ribeira de Santarém e Vale Figueira.
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