Audiência ao diretor da Polícia Judiciária, Luis Neves e aos procuradores João Melo e Vitor Magalhães durou menos de uma hora. Arguido sublinha que desconhecia que "a PJM se encontrava impedida de investigar o caso".
A advogada de Amândio Marques, ex-diretor da Direção de Investigação Criminal (DIC) da GNR e arguido no processo de Tancos, disse hoje que ficou satisfeita com o depoimento do diretor da PJ, do diretor adjunto e do procurador Vítor Magalhães.
"O que pretendíamos produzir foi produzido. Todo os factos que pusemos no Requerimento de Abertura de Instrução no que diz respeito às testemunhas foram confirmados e portanto estamos satisfeitos", disse Lúcia Dias no final da curta audiência de menos de uma hora no qual o diretor da PJ, Luis Neves e os procuradores João Melo e Vitor Magalhães foram ouvidos como testemunhas arroladas por Amândio Marques.
No requerimento, Amândio Marques indica que desconhecia que o apoio prestado pelos militares do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Loulé era para investigar o caso do furto do armamento de Tancos, e que desconhecia que "a PJM se encontrava impedida de investigar tal caso".
O arguido ressalva a colaboração "pronta e inequívoca" que prestou ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) quando "a seu convite e por sua iniciativa" expressou aos procuradores e ao diretor da PJ "as suas desconfianças" face à versão que, quer o coronel Manuel Estalagem, quer os seus inferiores hierárquicos lhe haviam apresentado.
Em sua defesa, Amândio Marques sublinha ainda o facto de ter "denunciado" junto dos procuradores do DCIAP "as suas desconfianças para que, se assim o entendessem, investigassem".
Aos 23 arguidos do processo de Tancos são imputados crimes como terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.
Nove dos 23 arguidos foram acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre os quais o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes e Amândio Marques da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento. O ex-ministro da Defesa foi acusado de prevaricação e denegação de justiça, abuso de poder e favorecimento pessoal.
O furto de material de guerra foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 e, quatro meses depois, a Polícia Judiciária Militar (PJM) revelou o aparecimento do material furtado, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração com elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé, que a acusação colocou em causa.
Tancos: Defesa de Amândio Marques satisfeita com depoimento de testemunhas
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.
Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.
"Representa tudo o que não sei como dividir. As memórias, os rituais diários, as pequenas tradições. Posso dividir móveis e brinquedos, mas como divido os momentos em que penteava o cabelo da Ema todos os dias enquanto ela se olhava no espelho?"
No meio da negritude da actualidade política, económica e social em Portugal e no resto do Mundo, faz bem vislumbrar, mesmo que por curtos instantes, uma luz.