Projeções dão ligeira vantagem para o PSD nas principais cidades. 36 concelhos já atribuídos
As urnas fecharam às 19h. A afluência situava-se em 43,42% até às 16h, valor superior ao registado à mesma hora há quatro anos.
As urnas abriram às 8h e vão estar abertas até às 19h. Nos Açores, abrem e fecham 60 minutos depois das mesas do Continente e da Madeira, devido à diferença horária de menos uma hora.
Autárquicas: Projeções apontam vantagem do PSD em cidades importantes após fecho das urnasMiguel Baltazar/Jornal de Negócios e Sérgio Lemos/Medialivre
Mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar nestas autárquicas, segundo os dados do recenseamento disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. Dos 9.303.840 eleitores inscritos, 9.262.722 são nacionais e, dos restantes, 18.319 são eleitores estrangeiros da União Europeia (UE) e 22.799 são estrangeiros provenientes de fora da UE, em ambos os casos recenseados em território nacional.
Os eleitores vão escolher os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia, pelo que há três boletins de voto. No total, 1.584 listas de partidos, coligações e grupos de cidadãos são candidatas às Câmaras Municipais, 1.519 às Assembleias Municipais e 9.764 listas a Assembleias de Freguesia, de acordo com dados extraídos das listas mais atualizadas da SGMAI.
À medida que se vai compondo o mapa autárquico, os militantes e dirigentes do Chega vão aproveitando o cocktail servido no foyer do Hotel Marriott. Fala-se da vitória anunciada por André Ventura (e ainda não formalizada) da Câmara de São Vicente, na Madeira. Nos telemóveis, aguarda-se com expectativa pelos resultados da Moita, Sesimbra e Entroncamento, que também esperam vencer. No partido, vê-se o copo meio cheio, não meio vazio. Prefere focar-se onde pode ganhar, não onde está a ser amplamente derrotado. É esse o discurso dominante entre dirigentes: “Convinha pensar no dia a seguir, o Chega vai ser importante em todo o território. Sem o Chega, acabaram-se as maiorias estáveis”, disse Rita Matias no Now. “Se quiserem formar essas maiorias com o Chega, a partir de amanhã terão de começar a falar de auditorias externas, terão de falar com a linguagem do Chega, despedir todos os funcionários em escândalos de corrupção,…”, acrescenta, sublinhando que não está a olhar para o País como em “Lisboa, Sintra ou no Porto”, onde o Chega poderá ficar aquém do esperado.
36 concelhos já foram atribuídos. PS está à frente e Chega ainda não elegeu
Já estão eleitos 18 autarcas para o PS, 15 para o PSD, um para a coligação PSD/CDS, um para a CDU e um para o CDS. Neste momento já estão atribuídos 327 mandatos, mas faltam ainda atribuir 1.731.
O PS vai continuar a presidir às juntas de Marvila e São Vicente, segundo o que já é possível perceber dos votos contados. Campo de Ourique, onde Carlos Moedas vive, vai continuar com a liderança do PSD, por margem maior do que há quatro anos, quando a coligação de centro direita venceu por apenas 25 votos. Em Marvila, uma das maiores freguesias da capital, o Chega deverá ficar em segundo lugar. Recorde-se que esta freguesia está a tornar-se um bastião do Chega, que foi ali o partido mais votado nas últimas Legislativas. Em Marvila, a coligação Por Ti, Lisboa, de Carlos Moedas, ficará em terceiro lugar. Mas as contagens ainda não terminaram.
À entrada do Hotel Marriott, André Ventura fala em “vitória”. “O Chega venceu e vai liderar câmaras municipais e essa é uma vitória. Torna-se líder em câmaras municipais para mostrar que é possível governar sem corrupção e sem amiguismo”, congratulou, em contraste com o ambiente gélido do quartel-general. Para o líder do Chega, estas eleições “significam uma grande implantação nacional do partido”. Sobre onde o Chega poderá vingar nestas eleições, o líder partidário prevê conquistar concelhos nos distritos de Setúbal e Santarém, como Entroncamento.
Bruno Mascarenhas (Chega) admite desagrado se ficar atrás da CDU em Lisboa
O cabeça de lista do Chega à Câmara de Lisboa, Bruno Mascarenhas, admitiu que não lhe agradaria ficar atrás da lista da CDU (PCP/PEV), preferindo valorizar o crescimento do partido previsto pelas projeções televisivas. "Ficar atrás da CDU obviamente não era uma coisa que me agradasse, mas de qualquer das formas há um crescimento do Chega na cidade de Lisboa", salientou. À chegada do hotel onde o partido se reúne para aguardar os resultados, o candidato argumentou que as projeções costumam penalizar o Chega, algo a que disse estar habituado.
Ainda sem sinais de João Ferreira, Natacha Amaro, número dois nas listas da Assembleia Municipal de Lisboa, pediu que as projeções sejam vistas com “cautela” até que existam resultados finais: “São apenas projeções e é necessária alguma cautela”. Ainda assim as sondagens foram recebidas com bom grado uma vez que a CDU pode mesmo continuar a ser “a terceira força política na cidade de Lisboa”.
Natacha Amaro recusou responder às questões sobre se a CDU não teria mais capacidade para influenciar a governação se se tivesse juntado à coligação de Alexandra Leitão, mas criticou uma “campanha eleitoral em que se realizou um fortíssimo apelo ao suposto voto útil com uma grande bipolarização entre outras duas candidaturas”.
Confiança com prudência, reage chefe de campanha de Moedas
Tal como anunciado, foi António Valle a fazer a primeira reação às projeções das televisões. O chefe de campanha de Moedas falou numa indicação que é apenas isso, uma indicação, mas “positiva, é verdade”. Valle sabe que as projeções dão uma curtíssima vantagem a Moedas, com margens que permitem até uma derrota. Por isso, sublinhou, a campanha só voltará a falar “quando houver resultados oficiais”. Não deixou no entanto de dizer que “as projeções dão um grande confiança” no trabalho de Moedas.
Empate técnico”, reage campanha de Leitão às projeções
Davide Amado, presidente da concelhia de Lisboa do PS, tentou dizer o mínimo possível, na reação às projeções que colocam Alexandra Leitão atrás de Carlos Moedas. Ressalvou aos jornalistas que se trata de um “empate técnico, sempre dentro da margem de erro” e recordou que há quatro anos a vitória na capital também se decidiu por pouco (2.294 votos). “É aguardar serenamente pelos votos”, concluiu.
Os resultados estão longe de estar fechados, a noite ainda é uma criança, mas não foi com ânimo que se receberam as notícias sobre as projeções à boca da urna na sede do Chega. “Pá, isto é terrível. Pá, não podemos ficar atrás de comunas”, ouve-se no meio dos poucos militantes que se vão sentando na sala Nova Iorque do Hotel Marriott, perante a possibilidade de Bruno Mascarenhas, candidato do Chega em Lisboa, ficar atrás de João Ferreira, candidato da CDU na capital. No geral, o silêncio impera. Em Lisboa, a sondagem NOW/Intercampus indica que o Chega poderá ambicionar no máximo dois vereadores, com resultados entre 11% (máximo) e 7% (mínimo); No Porto, o candidato Miguel Côrte-Real também pode ambicionar dois vereadores e ficará entre 10,2% (max) e 6,2% (min); e mesmo em concelhos onde sonhava vencer, como Sintra, onde o partido venceu nas legislativas, Rita Matias ficará longe do primeiro lugar (23% max e 19% min). Com André Ventura ainda longe do quartel-general - ainda está na missa em São Nicolau, na Baixa -, a sala vai-se compondo. A noite será longa, mas, para já, não se sente entusiasmo na noite do Chega.
A candidata independente à Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, apoiada por PSD e CDS-PP, e o candidato do PS, Fernando José, estão empatados, segundo projeções das televisões, que dão uma ligeira vantagem percentual à ex-autarca.
Em Lisboa, assim como em muitas outras autarquias, a CDU afastou-se do resto da esquerda e avançou sozinha. Segundo a sondagem à boca das urnas da Intercampus para o CM/CMTV/NOW/Jornal de Negócios esse afastamento originou um reforço da CDU na capital, pontos percentuais que poderiam fazer a diferença nas contas de Alexandra Leitão. Entre os cerca de meia centena de apoiantes que já se encontram na sede do PCP a acompanhar a noite eleitoral pela televisão, a recusa de Bruno Mascarenhas (Chega) de responder à questão dos jornalistas sobre quais serão as consequências políticas se ficar atrás da CDU gerou risos.
Mais de meia centena de apoiantes da coligação Viver Lisboa juntaram-se à volta de quatro televisões no bar da Assembleia Municipal de Lisboa, às 20h em ponto, para receber a notícia de que Alexandra Leitão fica atrás de Carlos Moedas em todas as três projeções. Mãos na cara, silêncio e umas quantas respirações audíveis marcaram as reações dos militantes socialistas, bloquistas e do livre.
As projeções das televisões às 20h provocaram gritos de “Vitória! Vitoria!” na sede da noite eleitoral da coligação Por Ti, Lisboa. Notou-se na sala o respirar de alívio, ainda que o facto de algumas projeções estarem a dar um empate tenha também provocado algumas cautelas. Gritou-se também a projeção que dá Marco Almeida a vencer em Sintra, e ainda Pedro Duarte no Porto. Daqui a poucos minutos. António Valle, diretor de campanha de Moedas, vai fazer a primeira reação.
Projeções: PSD vence nas grandes cidades: Moedas em Lisboa, Pedro Duarte no Porto
Carlos Moedas é reconduzido em Lisboa e deverá recolher entre 37,9% e 41,9% dos votos. Já Alexandra Leitão fica em segundo lugar com uma percentagem entre os 34,8 e os 38,8%. Em Lisboa há um reforço da CDU que prejudicou o resultado de Alexandra Leitão.
Estes são os resultados da sondagem à boca das urnas da Intercampus para o CM/CMTV/NOW/Jornal de Negócios.
No Porto vence Pedro Duarte com um intervalo entre os 37,0% e os 41,0%. Manuel Pizarro fica em segundo lugar com uma percentagem entre os 30,8% e os 34,8%.
Alexandra Leitão chegou à AML sem discurso escrito
A candidata da coligação Viver Lisboa chegou a um Fórum Lisboa (sede da Assembleia Municipal de Lisboa) vazio, passavam poucos minutos das 19h30. À entrada, disse aos jornalistas que aguardaria “serenamente as primeiras sondagens à boca das urnas”, garantindo que não traz nenhum discurso escrito - nem de vitória, nem de derrota. Alexandra Leitão já falou duas vezes hoje com o secretário-geral socialista e está otimista com os resultados.
Como dita a tradição dos últimos anos, a Chega vai acompanhar a noite eleitoral no Hotel Marriott, em Lisboa. A sala de conferências Nova Iorque ainda está vazia, mas espera-se uma concentração de militantes e dirigentes, de autarcas a candidatos, de Norte a Sul do País, o esperado de um partido que pretende centralizar a imagem em torno de André Ventura e no número de autarquias que conquistará. Grande parte dos militantes está a jantar, de telemóvel na mão, a comentar as sondagens (algumas delas falsas) que correm no WhatsApp. Para já, não há sinal de qualquer elemento do núcleo duro do partido. Se for como outros anos, a direção estará uns pisos acima, numa sala reservada, onde jantará e acompanhará a noite.
Ainda não há sinal de João Ferreira na sede do PCP
Numa das ruas mais movimentadas de Lisboa situa-se o antigo Hotel Vitória, agora sede do Partido Comunista Português. É neste edifício histórico da primeira metade do século passado que mais jornalistas do que apoiantes esperam a chegada de João Ferreira, candidato da CDU à Câmara de Lisboa que pretende renovar o seu mandato de vereador.
Em 2021 a CDU conseguiu conquistar o terceiro lugar, ficando atrás da coligação de Carlos Moedas e do PS, com 10,51%.
Mesas de voto encerraram às 19h no Continente e na Madeira
As urnas para as eleições autárquicas fecharam às 19h no território continental e na Madeira, encerrando nos Açores uma hora depois, devido à diferença horária. Até às 16h, a afluência às urnas situava-se em 43,42%, valor superior ao registado à mesma hora há quatro anos, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
Em relação às anteriores eleições autárquicas, que se realizaram a 26 de setembro de 2021, a afluência às urnas aumentou ligeiramente: há quatro anos, até à mesma hora, tinham votado 42,34% dos eleitores. As urnas abriram às 8h. Nos Açores, abrem e fecham 60 minutos depois das mesas do continente e da Madeira, devido à diferença horária de menos uma hora.
Esta é a 14.ª vez que os portugueses elegem os seus autarcas em 51 anos de democracia.
O candidato da coligação Por Ti, Lisboa chegou às 18h40 ao hotel Epic Sana Marquês e subiu até ao 12º andar, onde vai passar as próximas horas até, já no final da noite, descer ao piso -2 para fazer o discurso de derrota ou vitória. É neste piso inferior que está montada a sala de imprensa, em frente a um salão preenchido de cadeiras, onde a campanha deixou uma t-shirt e um saco – sobras da campanha que esteve nas ruas nas últimas semanas. A primeira reação às projeções das televisões será feitas poucos minutos depois das 20h pelo diretor de campanha, António Valle. Quando chegou ao Epic Sana Marquês, Carlos Moedas deixou aos jornalistas apenas palavras de circunstância por as urnas estarem ainda abertas.
Queixa à CNE por troca de boletins de voto em freguesia de Vila Real
Uma troca de boletins de voto foi detetada na mesa 18 da secção de voto da Freguesia de Vila Real, reportada à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e será avaliada após a contagem dos votos. Fonte da Câmara municipal de Vila Real explicou à agência Lusa que em três mesas desta assembleia foram entregues lotes de boletins que erradamente continham boletins de outras assembleias de freguesia.
Segundo a fonte, nas mesas 9 e 19 as trocas foram detetadas antes da abertura das urnas e a situação foi corrigida. Na mesa 18, a situação foi detetada apenas ao sétimo eleitor, não se tendo, por isso, a certeza que os anteriores boletins utilizados estavam corretos ou não.
A autarquia disse que foi, de imediato, feita a verificação de todos os boletins que estavam a ser entregues, explicando que as falhas terão ocorrido no momento da impressão pela gráfica e, depois, no momento da verificação por parte da câmara e da mesa de voto em causa. A mesma fonte explicou que, se durante a contagem dos votos, aparecerem boletins que não correspondam àquela Assembleia de Freguesia, serão colocados num envelope à parte e, no apuramento geral, a juíza responsável decidirá o que fazer com os votos.
A agência Lusa contactou a CNE que confirmou que foi apresentada uma queixa depois de ter sido detetada uma distribuição de boletins errados na assembleia de freguesia de Vila Real e a indicação dada por esta comissão foi no sentido de se cessar de imediato a entrega desses boletins de voto. Disse ainda que o processo será avaliado e que caberá às candidaturas e à assembleia de apuramento geral tomar decisão final sobre o assunto, podendo haver lugar uma anulação dos votos ou uma impugnação.
Autárquicas: Sondagens apontam para abstenção entre 43,3% e 48,3%
A abstenção nas eleições autárquicas de hoje deverá situar-se entre os 43,3% e os 48,3%, segundo sondagens divulgadas pelas estações televisivas SIC e TVI/CNN às 18h. A taxa de abstenção em eleições autárquicas tem estado acima dos 40% desde 2009 e há quatro anos registou-se a segunda mais alta percentagem, 46,35%, um pouco abaixo do valor recorde de 47,4% atingido em 2013.
A afluência às urnas para as eleições autárquicas de hoje situava-se em 43,42% até às 16h, valor superior ao registado à mesma hora há quatro anos, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. Tendo em conta os números divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), mais de quatro milhões de pessoas exerceram o seu direito de voto até às 16h.
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Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?