Montenegro: "Somos o maior partido. Estamos aqui para transformar a vida das pessoas"
Pela primeira vez a direita não vai governar Viseu e Ana Abrunhosa já falou aos jornalistas como vencedora em Coimbra. PSD mantém Lisboa e recupera o Porto.
Pelas 00h30, Alexandra Leitão concedeu a vitória a Carlos Moedas, pouco depois de Manuel Pizarro, no Porto, ter feito o mesmo em relação ao social-democrata Pedro Duarte. No sentido inverso, Fernando Ruas perdeu a câmara de Viseu que pela primeira vez, desde do 25 de Abril, passa para a esquerda. O PS conta também reconquistar Coimbra ao PSD. Ana Abrunhosa já falou aos jornalistas como vencedora da autarquia, quando falta atribuir 17 mandatos e a socialista segue à frente com 40 eleitos, seguida de 32 do PSD. Projeções apontam para melhor resultado do PS em 30 anos.
Montenegro analisa os resultados autárquicosESTELA SILVA/LUSA
Nesta altura, o PSD tem 124 câmaras, o PS 117, os independentes 17, a CDU 12, o CDS 6, o Chega três autarquias, o Nós Cidadãos duas e o Livre uma.
Mais de 9,3 milhões de eleitores podiam votar nestas autárquicas, segundo os dados do recenseamento disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. Votos servem para eleger os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia.
Ao MinutoAtualizado 13 out 2025
13 out 202513 de outubro de 2025 às 02:06
Fim do ao minuto
Boa noite, damos por terminado este acompanhamento ao minuto da noite eleitoral das Autárquicas 2025. Obrigada por ter estado desse lado.
No curto discurso de vitória, candidato reeleito reclama “mais 30 mil votos” e mais um vereador, que diz conferir-lhe “mais governabilidade”. Carlos Moedas diz que “os lisboetas disseram que queriam mais Moedas, agora vamos conseguir, Lisboa está no caminho certo”. Agradeceu “aos lisboetas”, à sua equipa e aos partidos da coligação. E desejou “o melhor para Alexandra Leitão”.
João Ferreira considerou que o resultado da coligação de Carlos Moedas “marcará negativamente a evolução da cidade”, mas recusou as críticas que têm surgido por se ter afastado da coligação liderada por Alexandra Leitão. O vereador considerou que o resultado “é inferior à soma das partes” dos resultados dos partidos que a formam tiveram nas eleições autárquicas de 2021, ou seja, os resultados da coligação liderada por Alexandra Leitão são inferiores à soma dos votos no PS, Livre, Bloco de Esquerda e PAN nas últimas eleições. Assim sendo João Ferreira garantiu: “Se têm de se queixar de alguém? Só de si próprios”.
Já passava da uma da manhã quando João Ferreira chegou à sala preparada para a sua conferência de imprensa no antigo Hotel Vitória. O vereador da CDU agora reeleito começou por referir que “a CDU se apresentou a estas eleições a Lisboa com um projeto e um programa alternativos a estes quatro anos de governação PSD-CDS" para depois referir que os resultados conhecidos até ao momento “apontam para uma possibilidade de uma ligeira subida da CDU em comparação com há quatro anos e para a possibilidade de eleição de dois vereadores”. Apesar do que já foi avançado esta noite João Ferreira garantiu: “Carnide continuará a ser CDU”
O primeiro-ministro e líder do PSD reagiu aos resultados autárquicos antes de Carlos Moedas ter feito o seu discurso de vitória em Lisboa. Luís Montenegro começou por mandar farpas aos restantes partidos que "se apresentaram todos como vencedores". Para depois sublinhar que o PSD foi o partido mais votado, com mais autarquias, juntas de freguesia e com condições de liderar a Associação Nacional de Municípios que era liderada pelo PS. Falou de "humildade democrática" e "sentido de responsabilidade" por estes resultados. O líder social-democrata declarou: "Somos o maior partido do País. Mas não estamos aqui apenas para dizer que ganhámos eleições, estamos aqui para transformar a vida das pessoas".
Alexandra Leitão: "Responsabilidade é exclusivamente minha"
Cabeça de lista da coligação Viver Lisboa descartou, por três vezes, que houvesse algum outro responsável que não a própria por ter ficado atrás de Carlos Moedas, na corrida pela câmara de Lisboa. Garantiu não ter qualquer arrependimento sobre a campanha, e prometeu "assumir a vereação na oposição" de forma "firme" e "rigorosa".
Alexandra Leitão assume responsabilidade por resultado em LisboaDIREITOS RESERVADOS
Pedro Duarte faz discurso de vitória: Porto voltou a "ser sábio a decidir o que quer"
O candidato do PSD ao Porto, Pedro Duarte fez o seu discurso de vitória. Depois de agradecer o apoio de quem o acompanhou e votou na sua candidatura, Pedro Duarte dirigiu-se a Manuel Pizarro, o candidato socialista derrotado pela terceira vez. Apelando à defesa da democracia disse esperar que o adversário do PS "continue disponível para ajudar a cidade". Classificou ainda a sua candidatura de arriscadas, mas que o Porto voltou a "ser sábio a decidir o que quer".
Ventura em tom de meia derrota: “O bipartidarismo ressuscitou (por muito pouco tempo)”
Sem grande glória, nem cânticos efusivos, como foi noutros anos, André Ventura, líder do Chega, chegou ao palanque do Hotel Marriott. Começou o seu discurso em tom de vitória: "O Chega mais que quadruplica o resultado das eleições autárquicas"; "O Chega venceu também hoje as suas primeiras câmaras municipais na história do partido"; "o Chega será força fundamental para desbloquear gestão autárquica." Contudo, a segunda metade do discurso soou a derrota: "O bipartidarismo ressuscitou, mas por muito pouco tempo"; "hoje tivemos uma boa noite política, mas queríamos mais"; "O Chega não atingiu por isso todos os seus objetivo". E fez um apelo final: as presidenciais devem ser "o enterro final do bipartidarismo". Agora vai dirigir-se ao Entroncamento, uma das autarquias conquistadas pelo Chega.
André Ventura discursa sobre autarquias e o objetivo de "limpar Portugal"DR
“Estou aqui naturalmente para assumir a derrota nestas eleições autárquicas”, começa Alexandra Leitão, no Fórum Lisboa, acrescentando que “valeu a pena”. “Não foi o resultado que queríamos, mas tenho todo o respeito e lealdade por quem ganhou as eleições e terei uma oposição rigorosa e firme”, disse, acrescentando que já deu os parabéns a Carlos Moedas e que é a única responsável “pela derrota da coligação" que encabeça.
O presidente da junta do Lumiar conseguir a reeleição na maior freguesia de Lisboa e chegou agora à sede da noite eleitoral da coligação liderada pelo PSD aos gritos "Lumiar Lumiar!", e escoltado pela sua equipa.
A coligação de Carlos Moedas venceu Carnide, destronando um bastião da CDU há muitos mandatos. Os comunistas ficaram inclusive em terceiro lugar, atrás da coligação liderada pelo PS. A mudança de perfil socioeconómico da freguesia, agora mais alto, e a impossibilidade do atual presidente de junta da CDU de se recandidatar terão contribuído para esta perda histórica da CDU em Lisboa.
Ainda sem sinais de João Ferreira, o bar da sede do PCP começa a ser pequeno para o número de apoiantes que aqui estão a chegar. Já devem ser mais de uma centena, maioritariamente jovens.
Marco Almeida (PSD/IL/PAN) assume vitória em Sintra
O cabeça de lista do PSD/IL/PAN à Câmara de Sintra, Marco Almeida, assumiu a vitória nas eleições autárquicas, ficando à frente da candidata do PS/Livre, Ana Mendes Godinho. No atual mandato, o executivo é liderado pelo PS.
Albuquerque reclama vitória do PSD/Madeira na região vencendo seis concelhos
O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, congratulou-se com a vitória do partido na região, indicando que venceu a maioria das câmaras municipais, seis das 11 que compõem o arquipélago. "Queria em primeiro lugar congratular-me com os resultados, que deram mais uma grande vitória ao PSD/Madeira nestas autárquicas, garantindo a maioria das câmaras, vitória em seis câmaras, e dizer que, nos concelhos onde não ganhamos, na maioria deles subimos substancialmente a votação", declarou. Miguel Albuquerque falava num hotel, em frente à sede do partido, cerca das 22:30, ainda antes de serem divulgados todos os resultados oficiais pela Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna.
23:14. O bloquista Francisco Louçã deixou a sede da noite eleitoral da coligação Viver Lisboa, ainda antes dos resultados finais serem revelados. Saiu acompanhado pela jornalista espanhola Pilar del Río.
Paulo Raimundo fala de noite negativa com "conjuntos de resistência"
Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, considera que as eleições tiveram um resultado que vai impactar "negativamente" a governação local e que foi "negativo" para a CDU. Na sede de campanha em Lisboa, e apesar do resultado negativo, Paulo Raimundo saudou os "conjuntos de resistência em onze municípios", uma perda de oito municípios quando comparados os resultados de 2021, e os "resultados positivos" em Lisboa com a "eleição de João Ferreira". As declarações de Paulo Raimundo foram aplaudidas no Hotel Vitória, onde ainda é esperado João Ferreira. "A CDU avança, com toda a confiança", gritaram os comunistas.
Madalena Natividade perdeu Arroios e está visivelmente emocionada nos corredores do Epic Sana Hotel, onde é reconfortada e abraçada. Em lágrimas, a ainda presidente de junta de Arroios sabe que perdeu a junta para a coligação liderada pelo PS. A sua lista está com 900 votos de atraso, que são praticamente irrecuperáveis.
PS conquista Viseu, capital de distrito que foi sempre de direita
Desde as primeiras eleições após o 25 de Abril que Viseu era liderada ou pelo CDS ou pelo PSD. O ciclo mudou e o histórico presidente Fernando Ruas, que regressou depois de um interregno, perdeu a capital de distrito para o PS. João Azevedo será o novo autarca.
O líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, anunciou a demissão na sequência dos resultados das eleições autárquicas, nas quais perdeu uma das três presidências de câmaras municipais que detinha.
Entroncamento é a sua câmara conquistada pelo Chega
Depois de ter conquistado a autarquia de São Vicente (Madeira), o Chega conquistou o Entroncamento, que estava sobre presidência socialista. Com 9,55% dos votos até agora, o partido de André Ventura tem 32 vereadores eleitos.
As 24 mesas desta freguesia ainda não estão todas apuradas, mas nos bastidores da campanha de Moedas já se dá Arroios como perdida face à vantagem que a coligação de esquerda Viver Lisboa já amealhou nas mesas fechadas. Recorde-se que em 2021 esta freguesia foi um dos epicentros da derrocada eleitoral da esquerda que permitiu a vitória de Carlos Moedas. João Jaime Pires, antigo diretor do Liceu Camões, deve assim recuperar para o PS uma importante e expressiva freguesia de Lisboa que Margarida Martins perdeu em 2021. Em sentido oposto, as freguesias da Estrela e de Belém vão ser vencidas novamente pela direita, segundo mesas já fechadas, tal é a vantagem da coligação de Carlos Moedas nestas freguesias que historicamente votam à direita.
O PS perde Campolide para a coligação de Carlos Moedas. São Domingos de Benfica mantém-se nas mãos de José da Câmara, também da coligação de Carlos Moedas.
Confirmada a primeira câmara municipal para o Chega
Tal como André Ventura tinha anunciado, o Chega conquistou a autarquia de São Vicente, na Madeira. Este será o primeiro concelho do País a ser liderado pelo partido de Ventura.
À medida que se vai compondo o mapa autárquico, os militantes e dirigentes do Chega vão aproveitando o cocktail servido no foyer do Hotel Marriott. Fala-se da vitória anunciada por André Ventura (e ainda não formalizada) da Câmara de São Vicente, na Madeira. Nos telemóveis, aguarda-se com expectativa pelos resultados da Moita, Sesimbra e Entroncamento, que também esperam vencer. No partido, vê-se o copo meio cheio, não meio vazio. Prefere focar-se onde pode ganhar, não onde está a ser amplamente derrotado. É esse o discurso dominante entre dirigentes: “Convinha pensar no dia a seguir, o Chega vai ser importante em todo o território. Sem o Chega, acabaram-se as maiorias estáveis”, disse Rita Matias no Now. “Se quiserem formar essas maiorias com o Chega, a partir de amanhã terão de começar a falar de auditorias externas, terão de falar com a linguagem do Chega, despedir todos os funcionários em escândalos de corrupção,…”, acrescenta, sublinhando que não está a olhar para o País como em “Lisboa, Sintra ou no Porto”, onde o Chega poderá ficar aquém do esperado.
36 concelhos já foram atribuídos. PS está à frente e Chega ainda não elegeu
Já estão eleitos 18 autarcas para o PS, 15 para o PSD, um para a coligação PSD/CDS, um para a CDU e um para o CDS. Neste momento já estão atribuídos 327 mandatos, mas faltam ainda atribuir 1.731.
O PS vai continuar a presidir às juntas de Marvila e São Vicente, segundo o que já é possível perceber dos votos contados. Campo de Ourique, onde Carlos Moedas vive, mudou de mãos do PS para o PSD. Em Marvila, uma das maiores freguesias da capital, o Chega deverá ficar em segundo lugar. Recorde-se que esta freguesia está a tornar-se um bastião do Chega, que foi ali o partido mais votado nas últimas Legislativas. Em Marvila, a coligação Por Ti, Lisboa, de Carlos Moedas, ficará em terceiro lugar. Mas as contagens ainda não terminaram.
À entrada do Hotel Marriott, André Ventura fala em “vitória”. “O Chega venceu e vai liderar câmaras municipais e essa é uma vitória. Torna-se líder em câmaras municipais para mostrar que é possível governar sem corrupção e sem amiguismo”, congratulou, em contraste com o ambiente gélido do quartel-general. Para o líder do Chega, estas eleições “significam uma grande implantação nacional do partido”. Sobre onde o Chega poderá vingar nestas eleições, o líder partidário prevê conquistar concelhos nos distritos de Setúbal e Santarém, como Entroncamento.
Bruno Mascarenhas (Chega) admite desagrado se ficar atrás da CDU em Lisboa
O cabeça de lista do Chega à Câmara de Lisboa, Bruno Mascarenhas, admitiu que não lhe agradaria ficar atrás da lista da CDU (PCP/PEV), preferindo valorizar o crescimento do partido previsto pelas projeções televisivas. "Ficar atrás da CDU obviamente não era uma coisa que me agradasse, mas de qualquer das formas há um crescimento do Chega na cidade de Lisboa", salientou. À chegada do hotel onde o partido se reúne para aguardar os resultados, o candidato argumentou que as projeções costumam penalizar o Chega, algo a que disse estar habituado.
Ainda sem sinais de João Ferreira, Natacha Amaro, número dois nas listas da Assembleia Municipal de Lisboa, pediu que as projeções sejam vistas com “cautela” até que existam resultados finais: “São apenas projeções e é necessária alguma cautela”. Ainda assim as sondagens foram recebidas com bom grado uma vez que a CDU pode mesmo continuar a ser “a terceira força política na cidade de Lisboa”.
Natacha Amaro recusou responder às questões sobre se a CDU não teria mais capacidade para influenciar a governação se se tivesse juntado à coligação de Alexandra Leitão, mas criticou uma “campanha eleitoral em que se realizou um fortíssimo apelo ao suposto voto útil com uma grande bipolarização entre outras duas candidaturas”.
Confiança com prudência, reage chefe de campanha de Moedas
Tal como anunciado, foi António Valle a fazer a primeira reação às projeções das televisões. O chefe de campanha de Moedas falou numa indicação que é apenas isso, uma indicação, mas “positiva, é verdade”. Valle sabe que as projeções dão uma curtíssima vantagem a Moedas, com margens que permitem até uma derrota. Por isso, sublinhou, a campanha só voltará a falar “quando houver resultados oficiais”. Não deixou no entanto de dizer que “as projeções dão um grande confiança” no trabalho de Moedas.
Empate técnico”, reage campanha de Leitão às projeções
Davide Amado, presidente da concelhia de Lisboa do PS, tentou dizer o mínimo possível, na reação às projeções que colocam Alexandra Leitão atrás de Carlos Moedas. Ressalvou aos jornalistas que se trata de um “empate técnico, sempre dentro da margem de erro” e recordou que há quatro anos a vitória na capital também se decidiu por pouco (2.294 votos). “É aguardar serenamente pelos votos”, concluiu.
Os resultados estão longe de estar fechados, a noite ainda é uma criança, mas não foi com ânimo que se receberam as notícias sobre as projeções à boca da urna na sede do Chega. “Pá, isto é terrível. Pá, não podemos ficar atrás de comunas”, ouve-se no meio dos poucos militantes que se vão sentando na sala Nova Iorque do Hotel Marriott, perante a possibilidade de Bruno Mascarenhas, candidato do Chega em Lisboa, ficar atrás de João Ferreira, candidato da CDU na capital. No geral, o silêncio impera. Em Lisboa, a sondagem NOW/Intercampus indica que o Chega poderá ambicionar no máximo dois vereadores, com resultados entre 11% (máximo) e 7% (mínimo); No Porto, o candidato Miguel Côrte-Real também pode ambicionar dois vereadores e ficará entre 10,2% (max) e 6,2% (min); e mesmo em concelhos onde sonhava vencer, como Sintra, onde o partido venceu nas legislativas, Rita Matias ficará longe do primeiro lugar (23% max e 19% min). Com André Ventura ainda longe do quartel-general - ainda está na missa em São Nicolau, na Baixa -, a sala vai-se compondo. A noite será longa, mas, para já, não se sente entusiasmo na noite do Chega.
A candidata independente à Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, apoiada por PSD e CDS-PP, e o candidato do PS, Fernando José, estão empatados, segundo projeções das televisões, que dão uma ligeira vantagem percentual à ex-autarca.
Em Lisboa, assim como em muitas outras autarquias, a CDU afastou-se do resto da esquerda e avançou sozinha. Segundo a sondagem à boca das urnas da Intercampus para o CM/CMTV/NOW/Jornal de Negócios esse afastamento originou um reforço da CDU na capital, pontos percentuais que poderiam fazer a diferença nas contas de Alexandra Leitão. Entre os cerca de meia centena de apoiantes que já se encontram na sede do PCP a acompanhar a noite eleitoral pela televisão, a recusa de Bruno Mascarenhas (Chega) de responder à questão dos jornalistas sobre quais serão as consequências políticas se ficar atrás da CDU gerou risos.
Mais de meia centena de apoiantes da coligação Viver Lisboa juntaram-se à volta de quatro televisões no bar da Assembleia Municipal de Lisboa, às 20h em ponto, para receber a notícia de que Alexandra Leitão fica atrás de Carlos Moedas em todas as três projeções. Mãos na cara, silêncio e umas quantas respirações audíveis marcaram as reações dos militantes socialistas, bloquistas e do livre.
As projeções das televisões às 20h provocaram gritos de “Vitória! Vitoria!” na sede da noite eleitoral da coligação Por Ti, Lisboa. Notou-se na sala o respirar de alívio, ainda que o facto de algumas projeções estarem a dar um empate tenha também provocado algumas cautelas. Gritou-se também a projeção que dá Marco Almeida a vencer em Sintra, e ainda Pedro Duarte no Porto. Daqui a poucos minutos. António Valle, diretor de campanha de Moedas, vai fazer a primeira reação.
Projeções: PSD vence nas grandes cidades: Moedas em Lisboa, Pedro Duarte no Porto
Carlos Moedas é reconduzido em Lisboa e deverá recolher entre 37,9% e 41,9% dos votos. Já Alexandra Leitão fica em segundo lugar com uma percentagem entre os 34,8 e os 38,8%. Em Lisboa há um reforço da CDU que prejudicou o resultado de Alexandra Leitão.
Estes são os resultados da sondagem à boca das urnas da Intercampus para o CM/CMTV/NOW/Jornal de Negócios.
No Porto vence Pedro Duarte com um intervalo entre os 37,0% e os 41,0%. Manuel Pizarro fica em segundo lugar com uma percentagem entre os 30,8% e os 34,8%.
Alexandra Leitão chegou à AML sem discurso escrito
A candidata da coligação Viver Lisboa chegou a um Fórum Lisboa (sede da Assembleia Municipal de Lisboa) vazio, passavam poucos minutos das 19h30. À entrada, disse aos jornalistas que aguardaria “serenamente as primeiras sondagens à boca das urnas”, garantindo que não traz nenhum discurso escrito - nem de vitória, nem de derrota. Alexandra Leitão já falou duas vezes hoje com o secretário-geral socialista e está otimista com os resultados.
Como dita a tradição dos últimos anos, a Chega vai acompanhar a noite eleitoral no Hotel Marriott, em Lisboa. A sala de conferências Nova Iorque ainda está vazia, mas espera-se uma concentração de militantes e dirigentes, de autarcas a candidatos, de Norte a Sul do País, o esperado de um partido que pretende centralizar a imagem em torno de André Ventura e no número de autarquias que conquistará. Grande parte dos militantes está a jantar, de telemóvel na mão, a comentar as sondagens (algumas delas falsas) que correm no WhatsApp. Para já, não há sinal de qualquer elemento do núcleo duro do partido. Se for como outros anos, a direção estará uns pisos acima, numa sala reservada, onde jantará e acompanhará a noite.
Ainda não há sinal de João Ferreira na sede do PCP
Numa das ruas mais movimentadas de Lisboa situa-se o antigo Hotel Vitória, agora sede do Partido Comunista Português. É neste edifício histórico da primeira metade do século passado que mais jornalistas do que apoiantes esperam a chegada de João Ferreira, candidato da CDU à Câmara de Lisboa que pretende renovar o seu mandato de vereador.
Em 2021 a CDU conseguiu conquistar o terceiro lugar, ficando atrás da coligação de Carlos Moedas e do PS, com 10,51%.
Mesas de voto encerraram às 19h no Continente e na Madeira
As urnas para as eleições autárquicas fecharam às 19h no território continental e na Madeira, encerrando nos Açores uma hora depois, devido à diferença horária. Até às 16h, a afluência às urnas situava-se em 43,42%, valor superior ao registado à mesma hora há quatro anos, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
Em relação às anteriores eleições autárquicas, que se realizaram a 26 de setembro de 2021, a afluência às urnas aumentou ligeiramente: há quatro anos, até à mesma hora, tinham votado 42,34% dos eleitores. As urnas abriram às 8h. Nos Açores, abrem e fecham 60 minutos depois das mesas do continente e da Madeira, devido à diferença horária de menos uma hora.
Esta é a 14.ª vez que os portugueses elegem os seus autarcas em 51 anos de democracia.
O candidato da coligação Por Ti, Lisboa chegou às 18h40 ao hotel Epic Sana Marquês e subiu até ao 12º andar, onde vai passar as próximas horas até, já no final da noite, descer ao piso -2 para fazer o discurso de derrota ou vitória. É neste piso inferior que está montada a sala de imprensa, em frente a um salão preenchido de cadeiras, onde a campanha deixou uma t-shirt e um saco – sobras da campanha que esteve nas ruas nas últimas semanas. A primeira reação às projeções das televisões será feitas poucos minutos depois das 20h pelo diretor de campanha, António Valle. Quando chegou ao Epic Sana Marquês, Carlos Moedas deixou aos jornalistas apenas palavras de circunstância por as urnas estarem ainda abertas.
Queixa à CNE por troca de boletins de voto em freguesia de Vila Real
Uma troca de boletins de voto foi detetada na mesa 18 da secção de voto da Freguesia de Vila Real, reportada à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e será avaliada após a contagem dos votos. Fonte da Câmara municipal de Vila Real explicou à agência Lusa que em três mesas desta assembleia foram entregues lotes de boletins que erradamente continham boletins de outras assembleias de freguesia.
Segundo a fonte, nas mesas 9 e 19 as trocas foram detetadas antes da abertura das urnas e a situação foi corrigida. Na mesa 18, a situação foi detetada apenas ao sétimo eleitor, não se tendo, por isso, a certeza que os anteriores boletins utilizados estavam corretos ou não.
A autarquia disse que foi, de imediato, feita a verificação de todos os boletins que estavam a ser entregues, explicando que as falhas terão ocorrido no momento da impressão pela gráfica e, depois, no momento da verificação por parte da câmara e da mesa de voto em causa. A mesma fonte explicou que, se durante a contagem dos votos, aparecerem boletins que não correspondam àquela Assembleia de Freguesia, serão colocados num envelope à parte e, no apuramento geral, a juíza responsável decidirá o que fazer com os votos.
A agência Lusa contactou a CNE que confirmou que foi apresentada uma queixa depois de ter sido detetada uma distribuição de boletins errados na assembleia de freguesia de Vila Real e a indicação dada por esta comissão foi no sentido de se cessar de imediato a entrega desses boletins de voto. Disse ainda que o processo será avaliado e que caberá às candidaturas e à assembleia de apuramento geral tomar decisão final sobre o assunto, podendo haver lugar uma anulação dos votos ou uma impugnação.
Autárquicas: Sondagens apontam para abstenção entre 43,3% e 48,3%
A abstenção nas eleições autárquicas de hoje deverá situar-se entre os 43,3% e os 48,3%, segundo sondagens divulgadas pelas estações televisivas SIC e TVI/CNN às 18h. A taxa de abstenção em eleições autárquicas tem estado acima dos 40% desde 2009 e há quatro anos registou-se a segunda mais alta percentagem, 46,35%, um pouco abaixo do valor recorde de 47,4% atingido em 2013.
A afluência às urnas para as eleições autárquicas de hoje situava-se em 43,42% até às 16h, valor superior ao registado à mesma hora há quatro anos, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. Tendo em conta os números divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), mais de quatro milhões de pessoas exerceram o seu direito de voto até às 16h.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Nos próximos dez anos, ninguém nos garante que André Ventura não se tornará Primeiro-Ministro e que não tente um assalto à Constituição para construir a prometida “quarta república” onde vigorarão os tais “três Salazares”.
Do Minho ao Algarve, 22 sugestões para gozar os fins-de-semana prolongados de dezembro. E ainda: médicos prescrevem atividades como dança ou jardinagem; de onde vem o dinheiro para as Presidenciais?