Presidente da Câmara do Porto discursou na reunião camarária pública
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, criticou a lei da contratação pública, considerando que a mesma foi feita "para não se contratar nada" e que, por força dela, a autarquia "pura e simplesmente não consegue realizar obra".
"Existe uma burocracia terrível e a câmara não tem capacidade de intervir em situações de incumprimento", afirmou Rui Moreira, na reunião camarária pública, indicando como exemplo a requalificação da escola da Vilarinha, que "não se consegue concluir", devido a problemas financeiros do empreiteiro.
O autarca referia-se à incapacidade da câmara em resolver as situações em que uma empresa vencedora de um concurso público lançado pela autarquia entra em situação de falência, deixando a obra por concluir ou derrapar nos prazos. "Pura e simplesmente, não conseguimos realizar obra", frisou o autarca, a propósito da votação do Relatório de Prestação de Contas de 2016.
Moreira apresentou o exemplo da empreitada na escola da Vilarinha, apresentado por uma munícipe na reunião camarária de 4 de Abril.
"Não podemos simplesmente chamar o segundo classificado do concurso. Este é um problema que se repete: as câmaras têm de adjudicar as obras a quem oferece melhores condições e, normalmente, isso passa pelo melhor preço. Depois, quando há problemas, lançar um outro concurso nem sequer impediria que a mesma empresa se apresentasse a concurso", descreveu Rui Moreira, naquela sessão do executivo.
Na reunião de hoje, o pai de um aluno da Escola Básica de Fernão de Magalhães lamentou o atraso da obra e, de acordo com a vice-presidente da Câmara, Guilhermina Rego, a demora deve-se à "incapacidade de o município poder agir", nomeadamente substituindo a empresa em falta "por quem possa concluir a obra em tempo útil".
Relativamente a este caso, da escola Fernão de Magalhães, a vice-presidente indicou que a empresa municipal de Gestão de Obras Públicas "está a fazer todas as diligências para que a obra fique concluída até ao fim do mês de maio".
Em Outubro, a questão já tinha sido abordada por Rui Moreira devido à empresa Socopul, que estava em risco de falência e tinha requerido um Plano Especial de Revitalização (PER), numa situação que estava a afectar obras nas ruas de Santos Pousada e Fernandes Tomás.
Na ocasião, o autarca notou que a empresa "não ganhou qualquer obra por ajuste directo" e que apenas "ganhou o concurso público" lançado pela autarquia para as diversas empreitadas.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Montenegro e Rangel ignoram, de forma conveniente, que o dever primordial de qualquer Estado democrático é proteger a vida e a integridade física dos seus cidadãos
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres