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Quarto influencer suspeito de violar menor em Loures proibido de aceder à Internet

Os quatro jovens são suspeitos de crimes de violação agravada e pornografia de menores, por partilharem as imagens da violação 'online'.

O quarto 'influencer' detido na quarta-feira, pertencente a um grupo suspeito de violar uma jovem de 16 anos em Loures, está proibido de contactar com a vítima e de aceder à Internet, adiantou hoje fonte judicial.

A detenção do último elemento deste grupo, com idades entre os 17 e os 19 anos, decorreu na quarta-feira na margem sul do Tejo, indicou hoje a PJ em comunicado, lembrando que tinha detido, em março, os outros três jovens.

Os quatro jovens são suspeitos de crimes de violação agravada e pornografia de menores, por partilharem as imagens da violação 'online'.

Presente a primeiro interrogatório judicial, o jovem de 19 anos ficou sujeito a termo de identidade e residência, obrigação de apresentação três vezes por semana no posto policial da área de residência e proibição de contactos com a vítima, não se podendo aproximar da sua residência ou estabelecimento de ensino a menos de 500 metros, adiantou hoje à Lusa fonte do Tribunal da Comarca Lisboa Norte.

Está também proibido de contactar com os coarguidos e testemunhas e proibido de aceder à Internet, tendo de entregar, no prazo de dez dias, telemóveis, tablets, computadores ou outros equipamentos de acesso a ambientes digitais, redes sociais ou 'chats', pode ler-se na decisão com as medidas de coação aplicadas.

O Tribunal da Comarca Lisboa Norte considerou as medidas de coação "necessárias, proporcionais e adequadas", pela necessidade de "acautelar os perigos de continuação da atividade económica, perturbação do inquérito (...) e perturbação da ordem e tranquilidades públicas".

Em março, o diretor regional de Lisboa da Polícia Judiciária, João Oliveira, referiu que os três detidos eram 'influencers' com "um público já muito significativo".

Na altura, os três suspeitos foram sujeitos às medidas de coação de apresentações periódicas semanais e proibição de contactos com a vítima, o que motivou protestos de várias áreas da sociedade civil.

A comarca titular do processo defendeu que as medidas de coação foram "proporcionais e adequadas" e corresponderam ao pedido pelo Ministério Público.

A investigação teve origem numa participação do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, no distrito de Lisboa, à Polícia de Segurança Pública, tendo sido ativada a PJ por ter a competência reservada para a investigação destes crimes.

De acordo com a PJ, os crimes terão ocorrido "em zona próxima da residência da vítima, na sequência de um encontro, previamente combinado, entre esta e um dos jovens, seu conhecido".

"O jovem, de 17 anos, compareceu no encontro acompanhado de amigos, desconhecidos da vítima, que, em contexto grupal, constrangeram a menor a práticas sexuais e filmaram os atos contra a sua vontade, divulgando-os nas redes sociais", destacou ainda.

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