Corava a cada palavrão e tinha pouca vida social. Era contra a flat tax e aprovava a despenalização do aborto. Mas já simpatizava com os camisas azuis do Integralismo Lusitano.
Em 2004, André Ventura era um universitário "sonhador" da Universidade Nova de Lisboa. Pelo menos, é assim que se caracteriza num trabalho intitulado Integralismo Lusitano: Subsídios para uma teoria política. O movimento, monárquico, de direita radical e contornos fascistas, definia-se como nacional-sindicalista e a sua imagem eram os "camisas azuis". "Somos a mesma geração de sonhadores, agora com outros horizontes, mas com a mesma força e o mesmo vigor com que outrora os nossos colegas ergueram, não sem incómodo suor, a bandeira integralista", escreveu então, sobre aquela que considera uma "geração fantástica". Se em 2021, André Ventura é um extrovertido líder partidário de extrema-direita que se fez candidato a Belém, em 2004 era um tímido universitário no curso de Direito, que debatia com os colegas a importância da social-democracia, catolicismo e... até da despenalização do aborto.
Quando o "beato" Ventura elogiava o Integralismo Lusitano
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.
Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.
"Representa tudo o que não sei como dividir. As memórias, os rituais diários, as pequenas tradições. Posso dividir móveis e brinquedos, mas como divido os momentos em que penteava o cabelo da Ema todos os dias enquanto ela se olhava no espelho?"
No meio da negritude da actualidade política, económica e social em Portugal e no resto do Mundo, faz bem vislumbrar, mesmo que por curtos instantes, uma luz.