"Sempre marcantes as suas palavras, desde o incontornável 'O Poder e o Povo', passando pelo pujante 'Às Avessas' e à força inteligente das suas crónicas e comentários", escreveu Costa.
O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que Portugal perdeu um dos seus maiores cronistas da atualidade com a morte do historiador e escritor Vasco Pulido Valente, salientando a sua acutilância e argúcia.
Vasco Pulido Valente morreu hoje, em Lisboa, aos 78 anos. O seu corpo vai estar em câmara ardente a partir do próximo domingo, no centro funerário de Cascais, em Alcabideche.
"Portugal perdeu hoje um dos seus maiores cronistas da atualidade. Todos sentiremos falta da acutilância, da argúcia, até da irónica rispidez de Vasco Pulido Valente", afirmou António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.
Na sua mensagem, o primeiro-ministro referiu-se também à obra literária de Vasco Pulido Valente.
"Sempre marcantes as suas palavras, desde o incontornável 'O Poder e o Povo', passando pelo pujante 'Às Avessas' e à força inteligente das suas crónicas e comentários. Os meus sinceros sentimentos à família", escreveu António Costa.
Vasco Pulido Valente integrou como secretário de Estado da Cultura o VI Governo Constitucional, dirigido por Francisco Sá Carneiro, tendo sido apoiante de Mário Soares na sua primeira candidatura presidencial, em 1986.
Foi ainda deputado à Assembleia da República, na VII Legislatura, eleito como independente nas listas do PSD.
De nome Vasco Valente Correia Guedes, o ensaísta nasceu em 21 de novembro de 1941, licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorou-se em História pela Universidade de Oxford.
Ainda adolescente adotou o nome de Vasco Pulido Valente por não gostar do nome de nascimento, como chegou a revelar em entrevistas.
Trabalhou como investigador-coordenador do Instituto de Ciências Sociais e lecionou no Instituto Superior de Economia (atual ISEG), no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, na Universidade Católica e na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.
Foi colunista dos jornais Público, Expresso, Diário de Notícias, A Tarde, O Independente e do O Observador. Trabalhou ainda como comentador da TSF, da Rádio Comercial e da TVI.
Entre os livros que publicou, contam-se "Os Militares e a Política: 1820-1856", "A República Velha: 1910-1917", "Marcelo Caetano: As Desventuras da Razão", "De Mal a Pior" e "O Fundo da Gaveta", estes dois últimos, os mais recentes, publicados pela D. Quixote.
Uma crónica sua, no Público, sobre o estado do PS, no verão de 2014, intitulada "A Geringonça", viria a estar na origem da caracterização feita mais tarde pelo ex-líder do CDS-PP Paulo Portas sobre os acordos entre PS, Bloco de Esquerda, PCP e PEV, que viriam a sustentar a constituição do XXI Governo Constitucional.
Pulido Valente: Portugal perdeu um dos seus maiores cronistas, diz Costa
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