Marcelo Rebelo de Sousa confia que as empresas que já receberam 160 milhões de euros de investimento da Microsoft vão mudar o tecido empresarial português
O director-geral da Microsoft, João Couto, disse que em Portugal já foram investidos mais de 160 milhões de euros emstartups, existindo já 40 com um investimento de pelo menos 900 mil euros.
"Estamos a falar de mais de 160 milhões de euros já investidos nasstartups (empresas em início de actividade) portuguesas. Já temos mais de 20startups que já estão muito próximas de alcançar um milhão de [dólares] de investimento e mais 40 que já alcançaram um milhão de [dólares de] investimento", disse João Couto, à margem da nova edição do Ativar Portugal --Startups, baseando-se num estudo da Startup Europe Partnership de 2015.
O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve presente hoje no lançamento da segunda edição da iniciativa da Microsoft, Ativar Portugal -Startups, considerou que o empreendedorismo "é uma revolução silenciosa que está a acontecer em Portugal. É imparável. É uma realidade subterrânea que está a vir à superfície. Está a mudar a vida de muitos jovens e o tecido empresarial português."
O director-geral da Microsoft concorda e considera que está a criar-se "um movimento fantástico, com uma energia e uma dinâmica muito positiva", e sublinhou que todos os anos nascem 37 mil empresas e que estão a ser criadas mais 10 mil empregos anualmente.
"Acima de tudo, são empresas que têm o foco na actividade internacional, empresas que têm mais de 67% da sua actividade focada nos mercados internacionais. São empresas que já estão voltadas para o mundo, já têm uma lógica global de internacionalização", afirmou.
Questionado sobre a eventual dificuldade destasstartups em angariarem segundas e terceiras rondas de investimento, João Couto sublinhou que "há capital em Portugal pronto para investir".
"Esta dinâmica também está a começar a despertar a curiosidade nos investidores portugueses. Também o facto de estarmos a organizar a WebSummit vai trazer grandes investidores, o que vai ser muito útil para estas empresas terem acesso às segundas e terceiras rondas de investimento", afirmou.
O director-geral da Microsoft Portugal destacou ainda que também do ponto de vista qualitativo a dinâmica é positiva, já que Portugal "está a atrair de forma muito fácil os investidores internacionais, os grandes criativos e empreendedores internacionais".
"Isso dá-nos uma exposição não apenas enquanto projecto individual dastartup, mas comohub (centro) de inovação, e posiciona Portugal como centro de inovação no contexto mundial, tal como é Londres, Berlim, Telavive e Sillicon Valley", disse.
João Couto considera que esta dinâmica tem um "efeito multiplicador muito, muito forte", que passa além das consequências directas nasstartups, repercutindo-se também no mundo empresarial português.
No que diz respeito ao programa da Microsoft Ativar Portugal, acrescentou, existem "já muitas empresas que estão a associar-se", porque "estão ávidas de encontrar uma forma de acelerar os seus processos de inovação".
"A forma clássica de terem equipas de inovação internas dentro das empresas claramente não está a dar resultados e, portanto, estão a olhar para asstartups como forma de encontrar uma forma rápida, muito pragmática, com pequenos investimentos, de alimentar as suas necessidades de inovação dentro das próprias empresas", contou.
Questionado sobre se a Microsoft tem em outros países uma iniciativa idêntica ao Ativar Portugal, João Couto disse que ainda não existe um programa semelhante.
Durante o primeiro ano, o Ativar Portugal já apoiou mais de 100startups de base tecnológica e vai apoiar este ano mais 31 novasstartups.
Estão localizadas em locais tão diferentes como Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, Cantanhede, Sintra, Leiria, Aveiro e Torres Vedras, e representam vários sectores de actividade, como o turismo, hotelaria, energia, educação, entre outros.
Presidente considera <i>startups</i> parte de uma revolução silenciosa
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