Depois de ter sido líder mundial de casos em janeiro, Portugal registou este domingo o seu segundo dia com menos de mil infetados pela covid-19 de 2021. O número de testes realizados desceu em fevereiro, mas os casos estão a cair a um ritmo maior.
Portugal voltou este domingo a registar menos de mil novos casos de covid-19. Um mês depois de ser líder mundial nos números de pandemia e de chegar a confirmar mais de 15 mil infetados num dia, o país regista números que não via desde outubro. Mas, ao mesmo tempo, faz muito menos testes.
rastreio teste coronavirusBruno Colaço / Correio da Manhã
Na última segunda-feira, antes de serem confirmados apenas 549 novos casos, foram realizados pouco mais de 10 mil testes - o número mais baixo desde o dia de Natal. Para encontrar tão poucos testes realizados por dia é preciso recuar a agosto, ainda antes da segunda vaga. Quererá isso dizer que Portugal tem menos casos porque existem menos testes e não porque ultrapassou a terceira vaga?
Os números não mentem: esta foi, de facto, a melhor semana da pandemia desde outubro. Nos últimos 7 dias, Portugal registou uma média de 1.005 casos por dia, algo que não acontecia desde a primeira semana de outubro. Para comparação, há menos de um mês, o país registava uma média semanal de mais de 12 mil novos casos por dia.
Para estes mil casos que agora são confirmados por dia, Portugal realizou cerca de 26 mil testes por dia, para um total de 905 mil diagnósticos, quase metade dos 1,6 milhões que havia feito em janeiro e abaixo dos números de testes de dezembro e novembro. Em outubro, no começo da segunda vaga, foram realizados mais de 83 mil testes.
A última segunda-feira, dia 22 de fevereiro, foi o segundo dia em que menos testes foram realizados desde agosto de 2020, com apenas cerca de 10 mil diagnósticos a serem contabilizados - apenas acima dos 8.804 testes realizados no dia de Natal, 25 de dezembro do ano passado.
No entanto, e apesar de um maior número de testes poder ajudar a confirmar mais casos, é errado supor que existem menos casos porque o número de testes é também menor. É que, mesmo para o reduzido número de testes, o número de casos que Portugal tem confirmado é ainda menor.
Isso é explicado através da taxa de positividade, que especialistas defendem que deve ser sempre menor que 10%, o que significa que, por cada 10 testes realizados, menos que um deve ser positivo.
Durante o pico da terceira vaga, Portugal chegou a ter dias com uma taxa de testes positivos superior a 20%, mas já há quase duas semanas que permanece abaixo da barreira dos 10%.
Na última semana, o país registou uma média da taxa de positividade de 3 a 4%, algo que não acontecia desde o início de outubro. Entre meados de outubro e início de fevereiro, Portugal nunca conseguiu descer abaixo dos 5% de testes positivos entre testes realizados.
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.