"O tema mais visado pela desinformação no mês de julho foi a imigração, que aumentou 5% em comparação com junho" e bateu um recorde desde o início da monitorização do EDMO, em outubro de 2023.
Portugal contribuiu para o aumento da desinformação sobre imigração durante o mês de julho, tendo o tema batido um recorde desde que o Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digitais (EDMO) realiza a monitorização mensal.
Portugal contribui para desinformação sobre imigração, tema recorde desde outubro de 2023, segundo EDMOLusa
De acordo com o relatório mensal do EDMO divulgado esta sexta-feira, dos 1.433 artigos intercetados pelas 33 organizações que constituem a rede de verificação de factos, 164 (11%) focaram-se em desinformação relacionada com a imigração e 119 (8%) em desinformação relacionada com alterações climáticas.
Além disso, 84 (6%) eram desinformação referente à guerra na Ucrânia, 69 (5%) sobre a União Europeia (UE), 59 (4%) relacionada com o conflito entre Israel e Hamas, 50 (3%) sobre questões LGBT+ e de género e 41 (3%) a desinformação sobre a covid-19.
"O tema mais visado pela desinformação no mês de julho foi a imigração, que aumentou 5% em comparação com junho" e bateu um recorde desde o início da monitorização do EDMO, em outubro de 2023.
Segundo o observatório, Portugal contribuiu para o aumento da desinformação sobre imigração em julho, tendo destacado a narrativa falsa de que os imigrantes têm prioridade na matrícula escolar em relação aos portugueses.
Os acontecimentos de Torre Pacheco, em Espanha, também levantaram uma ampla circulação de desinformação em toda a Europa, incitando à violência e ao racismo, da mesma forma que "a cooperação sobre política migratória na fronteira entre a Polónia e a Alemanha deu aos desinformadores a oportunidade de espalhar conteúdos falsos".
Também as falsas notícias sobre alterações climáticas aumentaram 3% em julho em comparação com o mês anterior, sendo o segundo tema mais visado.
Já a desinformação sobre a guerra na Ucrânia, em terceiro lugar, caiu um para um nível mais baixo face a junho, enquanto a informação falsa e enganadora sobre questões LGBT+ e de género aumentaram 2%.
Em julho, a percentagem de notícias falsas que utilizam conteúdo gerado por Inteligência Artificial (IA) manteve-se estável, correspondendo a 10% (152) do total.
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Pergunto-me — não conhecendo eu o referido inquérito arquivado que visaria um juiz — como é que certas pessoas e associações aparentam possuir tanto conhecimento sobre o mesmo e demonstram tamanha convicção nas afirmações que proferem.
E se, apesar de, como se costuma dizer, nos ouvirem, monitorizarem movimentos, localização e comportamentos, esta aceleração forçada que nos faz andar depressa demais for, afinal, tão insustentável que acabe por (espero) ter efeito contrário?