Para o líder socialista, o tema da empresa de Montenegro "só vai desaparecer quando o primeiro-ministro lhe der o mesmo tratamento que deu às dívidas fiscais sobre a sua casa" e que foram abordadas numa conferência de imprensa.
O secretário-geral do PS recusou esta segunda-feira, 24, que uma comissão de inquérito seja o "instrumento adequado" para os esclarecimentos adicionais que o primeiro-ministro deve fazer sobre a "empresa familiar de âmbito imobiliário" de que foi sócio.
LUSA_EPA
"Esse não é o instrumento adequado. O primeiro-ministro terá muitas oportunidades de acabar com o tema de uma vez por todas, esclarecendo quem são os clientes, que serviços foram prestados e qual o preço cobrado para que não reste nenhum tipo de dúvida e suspeição das razões das avenças da empresa", afirmou Pedro Nuno Santos em Valença, distrito de Viana do Castelo, referindo-se à comissão de inquérito que o Chega admitiu requerer para esclarecimentos sobre o tema.
Para o líder socialista, o tema da empresa de Montenegro "só vai desaparecer quando o primeiro-ministro lhe der o mesmo tratamento que deu às dívidas fiscais sobre a sua casa" e que foram abordadas numa conferência de imprensa.
"Dizia-se do governo anterior [PS] que era um governo de casos e casinhos. Este é um governo de casas e casinhas", ironizou Pedro Nuno Santos.
O socialista considera "muito importante" que Luís Montenegro esclareça "de forma cabal todas as questões que têm sido colocadas" sobre a empresa de que foi sócio até junho de 2022 e que agora pertence à sua mulher e aos filhos.
Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral alertou que "o problema da empresa do primeiro-ministro não tem nada a ver com a lei dos solos".
Quanto às empresas de outros membros do governo, o líder do PS disse que "não sabe bem para que existem".
"Fico sempre muito curioso para perceber qual a verdadeira atividade destas empresas, porque foram criadas e o que fazem", indicou.
"No que diz respeito às empresas familiares de âmbito imobiliário, sou sincero: vou tentando perceber qual a razão para tantos membros do governo tenham uma empresas no setor imobiliário. Temos tanta falta de casas em Portugal e cinco membros do governo têm empresas familiares de âmbito imobiliário. Os portugueses até ficam com a ideia de que é uma coisa muito comum", acrescentou.
Questionado sobre o facto de a ministra da Justiça ter afirmado que não tenciona desfazer-se das participações em quatro sociedades do ramo imobiliário, Pedro Nuno Santos criticou que diferentes membros do governo tenham posturas diferentes sobre o mesmo tema.
"A doutrina do governo sobre empresas imobiliárias é muito distinta. Temos um secretário de Estado que as criou depois de ter chegado ao governo e saiu do governo. Há um ministro da coesão territorial que entendeu que devia desfazer-se da sua sociedade. Há uma ministra que entende que não deve fazer nada", constatou.
Num comunicado divulgado no domingo, o Chega pede um conjunto de esclarecimentos por escrito ao primeiro-ministro, sobre serviços e faturação da empresa que criou, a Spinumviva, e ameaça requerer uma comissão parlamentar de inquérito se Luís Montenegro não responder.
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