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Pedro Dias acusado por homicídio em Aguiar da Beira

30 de março de 2017 às 17:20
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O Ministério Público da Guarda deduziu acusação contra Pedro Dias pela prática de dois crimes de homicídio qualificado sob a forma consumada, dois crimes de homicídio qualificado sob a forma tentada e três crimes de sequestro

O Ministério Público da Guarda deduziu acusação contra Pedro Dias pela prática de dois crimes de homicídio qualificado sob a forma consumada, dois crimes de homicídio qualificado sob a forma tentada e três crimes de sequestro, foi esta quinta-feira divulgado.

O arguido suspeito da prática dos crimes de Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, foi ainda acusado de crimes de roubo de automóveis, de armas da GNR e de quantias em dinheiro, bem como de detenção, uso e porte de armas proibidas, lê-se num comunicado publicado no sítio de internet da Procuradoria-Geral Distrital de Coimbra.

Segundo a fonte, o inquérito teve início em 11 de Outubro de 2016, na sequência dos homicídios de um militar da GNR e de um cidadão residente em Trancoso, e das tentativas de homicídio de um outro militar da GNR e de uma cidadã também de Trancoso, sendo que estas duas vítimas e uma outra pessoa de Arouca foram ainda sujeitas a sequestro.

"Atenta a natureza urgente desse processo, foi extraída certidão para instauração de inquérito autónomo relativamente a factos praticados contra uma cidadã residente em Trancoso, a fim de permitir o concreto apuramento das consequências das graves lesões que lhe foram infligidas", refere a nota.

Acrescenta que "serão, igualmente, objecto de investigação autónoma vários outros actos delituosos, sobretudo de intrusão e de apropriação indevida, que o arguido terá cometido durante o período em que andou a monte". O Ministério Público diz que foi ainda extraída certidão para procedimento criminal contra uma cidadã residente em Arouca, por crime de favorecimento pessoal em benefício do arguido Pedro Dias.

A investigação dirigida pelo Ministério Público foi executada pela Polícia Judiciária da Guarda. A fonte refere que por se verificar perigo de fuga, perigo para a conservação e veracidade da prova, perigo de continuação da actividade criminosa e perigo de grave perturbação da ordem e tranquilidade públicas, o Ministério Público requereu que o arguido continuasse em prisão preventiva, medida à qual se encontra sujeito desde 08 de Novembro de 2016.

O suspeito de um duplo homicídio em Aguiar da Beira foi presente ao tribunal da Guarda, para primeiro interrogatório, no dia 10 de Novembro de 2016. O homem entregou-se no dia 08 de Novembro de 2016 à PJ, em Arouca, num ato testemunhado pela RTP e pelo Diário de Coimbra.

O primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação aconteceram 30 dias após os incidentes em Aguiar da Beira, que culminaram com a morte de duas pessoas, um deles um militar da GNR, e três feridos. O suspeito estava desaparecido desde 11 de Outubro, data em que dois militares da GNR foram atingidos a tiro, em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda. Um morreu e um outro ficou ferido.

Na mesma madrugada, um homem morreu e uma mulher ficou gravemente ferida, também alvejados a tiro, na viatura em que seguiam. O suspeito, de 44 anos, ficou em prisão preventiva na cadeia da Guarda, mas no dia 12 de Novembro de 2016 foi transferido para a cadeia de alta segurança de Monsanto, em Lisboa.

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