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Os pequenos partidos à esquerda: ainda vivos, mas em risco de extinção

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 21 de maio de 2025 às 23:00

Bloco e PCP registaram os piores resultados de sempre em legislativas. Mariana Mortágua terá de defender a sua liderança no BE e de gerir com menos meio milhão por ano. PCP perdeu mais de metade do eleitorado em 10 anos. Livre foi a exceção: tornou-se na quinta força política.

Há 10 anos, com Portugal saído há pouco tempo do programa da troika e o PS ainda fragilizado pela marca de José Sócrates, o Bloco de Esquerda conquistava o seu melhor resultado: 10,19% e 19 deputados. Uma década depois, a noite eleitoral terminou num resignado suspiro de alívio por ter conseguido segurar um deputado: Mariana Mortágua, a líder do partido. O pior resultado eleitoral de sempre do Bloco – em 1999, o primeiro ano em que foi a eleições legislativas, teve 2,44% e elegeu dois deputados – põe o partido no limiar da irrelevância e constituirá um revés financeiro: a SÁBADO estima que, por ano, o Bloco perderá mais de 500 mil euros de subvenção política.

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