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"Na véspera de Natal, chegámos aqui e estava um dilúvio", conta um dos habitantes. "A chuva foi intensíssima, trovoada muito perto, e durante o dia foi-se agravando, os córregos rebentaram e cada vez que havia um trovão mais forte ocorria um deslizamento e queda de pedras".
As operações de limpeza de casas, estradas e linhas de água prosseguem este sábado nas freguesias de Ponta Delgada e Boaventura, as mais afetadas pela tempestade que se abateu na costa norte da Madeira no dia de Natal.
"Em termos de prejuízos, estimo entre 40 e 50 mil euros em eletrodomésticos e mobiliário, porque nada sobrou", disse Simone Teixeira, em frente à casa dos pais, na zona baixa de Ponta Delgada, ainda com a água a correr abundantemente no interior e arredores.
A moradia foi uma das mais afetadas pelas enxurradas, havendo também registo de outra, onde não vivia ninguém, que foi totalmente destruída.
"A casa está toda destruída por dentro, não sobrou nada. Os meus pais conseguiram sair a tempo, porque viram que o caudal pela rocha era demasiado grande", explicou, indicando, também, que a família já tinha alertado as autoridades para o facto de o córrego ter sido desviado do curso natural.
Simone Teixeira considera que a "situação podia ser evitada" e que "devem ser apuradas responsabilidades".
Os seus pais contam-se entre as 27 pessoas que foram retiradas das suas casas por motivos de segurança, sendo 20 de Ponta Delgada e sete de Boaventura, e que se encontram temporariamente alojadas em residências de familiares e amigos.
Romana Fernandes vive na moradia ao lado, mas passou a noite em casa de familiares e só esta manhã, ao regressar, verificou "a tristeza" e os estragos provocados pela tempestade do dia de Natal.
"Chuva, assim tão forte, nunca vi. Tenho 84 anos e nunca, nunca na minha vida. Foi assustador", contou à agência Lusa.
Opinião semelhante manifestou Tiago Freitas, que se deslocou a Ponta Delgada para passar o Natal com os pais.
"Na véspera de Natal, chegámos aqui e estava um dilúvio", disse, reforçando: "A chuva foi intensíssima, trovoada muito perto, e durante o dia foi-se agravando, os córregos rebentaram e cada vez que havia um trovão mais forte ocorria um deslizamento e queda de pedras".
Tiago Freitas sublinha que a situação foi "completamente assustadora".
Embora a intensidade e a frequência da chuva tenham diminuído ao longo da manhã, o Serviço Regional de Proteção Civil mantém em vigor o aviso amarelo para precipitação na costa norte da Madeira até às 18h00 horas deste sábado.
Por outro lado, o secretário regional de Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Fino, apelou hoje às pessoas para que se mantenham nas suas casas, por motivos de segurança e para facilitar as operações de limpeza.
O governante vincou, contudo, que os acessos estão assegurados em caso de emergência.
Os trabalhos incidem agora nas estradas regionais e na desobstrução de algumas linhas de água e envolvem elementos do Governo Regional, da Câmara Municipal de São Vicente, da Proteção Civil e da Empresa de Eletricidade da Madeira, não apenas nas freguesias de Ponta Delgada e Boaventura, mas também de São Jorge e Arco de São Jorge, no concelho contíguo de Santana.
"Os trabalhos deverão decorrer ao longo dos próximos dias e posteriormente serão feitas as avaliações necessárias para outros trabalhos a realizar", indicou o secretário.
Operações de limpeza de casas, estradas e linhas de água prosseguem na costa norte da Madeira
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