NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva respondem neste processo pela alegada prática, em coautoria, de três crimes de branqueamento de capitais e de falsificação de documento, por atos entre 2011 e 2014.
A defesa de José Sócrates insistiu esta terça-feira, num processo separado da Operação Marquês, que a ideia de que o antigo primeiro-ministro foi corrompido é "pura fantasia" e que os crimes de branqueamento alegadamente associados já prescreveram.
José Sócrates foi apanhado em 11 escutas telefónicas
"É tudo uma fantasia do Ministério Público. A ideia de que o engenheiro José Sócrates foi corrompido pelo grupo Lena, pelo Vale de Lobo, pelo grupo do doutor Ricardo Salgado é pura fantasia", afirmou, no debate instrutório do caso, o advogado de José Sócrates, Pedro Delille.
José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva respondem neste processo pela alegada prática, em coautoria, de três crimes de branqueamento de capitais e de falsificação de documento, por atos entre 2011 e 2014.
Na intervenção inicial, o procurador Jorge Rosário Teixeira reconheceu que os três crimes de falsificação de documento já prescreveram, mas pediu a ida a julgamento de ambos por branqueamento de capitais.
Na resposta, Pedro Delille contrapôs que estes também já prescreveram, numa posição que foi secundada pela mandatária de Carlos Santos Silva, Paula Lourenço.
Segundo os mandatários dos arguidos, pelo menos dois dos três crimes em causa prescreveram no mês passado.
Pedro Delille e Paula Lourenço alegaram igualmente que, devido à separação da Operação Marquês, não consta deste processo secundário a origem ilícita do dinheiro que terá sido lavado e, por isso, os três crimes de branqueamento não teriam condições para prosseguir mesmo que não tivessem prescrito.
José Sócrates e Carlos Santos Silva tinham sido mandados para julgamento por branqueamento de capitais e falsificação de documento em abril de 2021 pelo juiz Ivo Rosa, então colocado no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa.
O magistrado descortinou então um crime de corrupção de contornos distintos do da acusação na origem dos restantes, que, nessa data, já teria prescrito.
Em março de 2024, a decisão instrutória foi anulada pelo Tribunal da Relação de Lisboa, que fez o processo recuar à tese original do MP, e ordenou que a decisão instrutória fosse refeita, numa altura em que os crimes principais de corrupção já estavam exclusivamente inscritos no processo principal, com início de julgamento agendado para 03 de julho.
"Temos esta circunstância: não temos crime precedente nestes autos", resumiu Paula Lourenço, acrescentando que, se se tratasse de uma instrução de um processo comum, se estaria perante "uma acusação inepta".
Os defensores pediram, por isso, que nem José Sócrates nem Carlos Santos Silva sejam julgados neste processo secundário.
A decisão da juíza Sofia Marinho Pires, atualmente colocada no lugar que em 2021 era ocupado por Ivo Rosa no TCIC, ficou agendada para o próximo dia 11 de junho, às 16:00.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.