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O Estado a que isto chegou

Margarida Davim
Margarida Davim 24 de julho de 2020 às 07:00

O défice zero evaporou-se, o desemprego sobe, a pandemia instalou a incerteza, os partidos à esquerda estão mais longe e no Governo há focos de tensão e problemas. Quando há um ano António Costa fez o discurso do Estado da Nação o país e o mundo eram lugares diferentes.

Um Governo a falar a várias vozes, um primeiro-ministro que se irrita ou corrige os seus ministros e muitas sombras no horizonte. O Estado da Nação debate-se hoje no Parlamento, sob a égide de um vírus que em poucos meses mudou tudo: fez cair a economia, desequilibrou as contas públicas, desgastou o Governo e acelerou o afastamento entre PS, BE, PCP e PEV.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.