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O assessor sempre em pé que passou a empresário do ajuste direto

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 08 de abril de 2020 às 14:45

Ex-funcionário do PS teve dívida de 39 mil euros ao IEFP, e foi assessor de Graça Fonseca com um processo da AT a decorrer – e que se mantém. Agora, cria empresas que acumulam ajustes diretos com juntas socialistas de Lisboa.

Em 2016, Pedro Gomes foi notícia noPúblicopor acumular duas condições: era adjunto de Graça Fonseca, então secretária de Estado da Modernização Administrativa; e tinha a correr um processo instaurado pela Autoridade Tributária (AT), a pedido do IEFP, que reportava a uma dívida de cerca de 39 mil euros. Esse processo ainda corre. Em resposta enviada àSÁBADO, o ex-assessor escreve: "Existe de facto um processo instaurado pela AT, a pedido do IEFP, (...) a aguardar o julgamento do recurso da ação de impugnação." Mas nega qualquer dívida fiscal, "que é muito diferente de uma divergente interpretação de uma cláusula de um contrato, que é o que está em causa", entre si e o IEFP. Pedro Gomes deixou entretanto a assessoria, em setembro de 2018. Mas não parou: criou várias empresas que vão acumulando contratos com estruturas autárquicas do PS em Lisboa, um meio que conhecerá bem, na medida em que foi, entre 2009 e 2015, assessor do gabinete dos vereadores do PS, tendo funções junto de Graça Fonseca.

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