Dados da PJ fornecidos à agência Lusa, indicam que das 14 pessoas detidas até 2 de Agosto, 13 eram homens, tendo oito ficado em prisão preventiva por decisão do juiz de instrução e uma em prisão domiciliária como medidas de coação.
Comparando os dois períodos de 2017 e 2018, este ano a polícia deteve menos 34 presumíveis incendiários de fogos florestais.
As últimas três pessoas detidas pela PJ são um homem suspeito de, intencionalmente, ter provocado um incêndio florestal em Serpa, outro que, na quarta-feira, alegadamente provocou um incêndio florestal em S. Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia, e uma mulher sobre a qual recaem fortes indícios de ter provocado, no sábado, um fogo em floresta na zona de Santa Cruz, em Armamar.
Segundo dados da Protecção Civil, entre 28 de julho e terça-feira registaram-se 787 incêndios rurais em Portugal, menos 500 ignições do que em igual período do ano passado, apesar das temperaturas elevadas.
Pela estatística do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, entre 1 de Janeiro e 15 de Julho foram registados 6.035 incêndios rurais que resultaram em 5.327 hectares de área ardida, entre povoamentos (1.846 ha), matos (3.053 ha) e agricultura (428 ha).
Segundo o ICNF, comparando os valores do ano de 2018 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 25% de incêndios rurais e menos 76% de área ardida relativamente à média anual do período.
Detido em Gaia suspeito de atear fogo em incêndio florestal
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 71 anos presumível autor de um incêndio florestal que ocorreu quarta-feira em S. Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia, anunciou hoje aquela força.
Em comunicado, a directoria do Norte descreveu que "o fogo terá sido provocado com recurso a isqueiro, com intencionalidade de queimar sobrantes de limpeza de matos existentes num logradouro de uma residência unifamiliar".
A nota acrescenta que o homem, contratado e pago pelo proprietário para proceder ao corte e remoção dos sobrantes, para não ter de remover o material, terá ateado fogo.
"Não obstante ter sido alertado por uma vizinha indignada, abandonou o local sem cuidar de vigiar o fogo que provocara, colocando ainda em perigo as duas habitações existentes na propriedade e outras confinantes", descreve o comunicado da PJ que actuou com a colaboração da GNR de Arcozelo.
O fogo consumiu uma área com cerca de 800 metros quadrados.
A directoria do Norte aponta que a situação não assumiu "outras proporções devida à pronta e eficiente intervenção dos Bombeiros de Vila Nova de Gaia e da Aguda".
O homem, cuja profissão é jornaleiro, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.
PJ detém suspeito de ter ateado fogo florestal em Serpa
Um homem de 54 anos, com antecedentes criminais pelos crimes de furto e incêndio florestal, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de ter provocado, de forma intencional, um fogo no concelho de Serpa, distrito de Beja.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a PJ indicou que o fogo ocorreu no dia 28 de Julho, ao final da tarde, na berma da Estrada Nacional (EN) 258, ao quilómetro 41,700, junto à barragem de Pedrogão.
A detenção, refere o comunicado, foi efectuada através da Directoria do Sul da PJ por existirem "fortes indícios" de o homem "ter ateado, por ignição directa, um incêndio à vegetação existente, constituída por pasto rasteiro, seco e de fácil combustão".
A Judiciária assinalou que as "elevadas temperaturas, baixo teor de humidade e vento, aliados às matérias combustíveis ali existentes, eram susceptíveis de contribuir para propagar de forma intensa o incêndio", mas frisou que o fogo só não teve "fatais e graves consequências" devido "à pronta intervenção dos bombeiros".
Segundo a PJ, o detido, trabalhador rural, natural de Serpa, com antecedentes criminais pelos crimes de furto e incêndio florestal e com pena suspensa por ter sido condenado por aquele ilícito, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coação.