O ministro do Ambiente e da Transição Energética disse que o novo aeroporto do Montijo "não requer Avaliação Ambiental Estratégica" , ao contrário do defendido pela associação ambientalista Zero.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética disse este sabado que o novo aeroporto do Montijo "não requer Avaliação Ambiental Estratégica" (AAE), ao contrário do defendido pela associação ambientalista Zero, que anunciou um processo judicial para garantir essa avaliação. "Sei que a associação Zero interpôs uma providência cautelar exigindo uma Avaliação Ambiental Estratégica, mas não é requerida uma AAE num caso destes", disse João Matos Fernandes em Abrantes, no distrito de Santarém, à margem de uma conferência sobre o rio Tejo e seus afluentes, tendo afirmado que tal "é o que diz a lei".
Questionado pela Lusa sobre o anúncio da associação ambientalista Zero que vai avançar com um processo judicial para exigir que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) dê informação sobre o projeto do aeroporto do Montijo e que haja uma AAE, João Matos Fernandes afirmou que uma AAE é requerida quando se está a decidir "se um aeroporto se localiza num sítio A, num sítio B ou num sítio C".
Nesse sentido, "a partir do momento em que se sabe qual é a localização, o que é preciso é fazer-se um estudo de impacte ambiental para aquele projeto, uma avaliação de impacte ambiental que não é estratégica, é para aquele projeto em concreto", declarou.
"Isto é o que diz a lei e, como imaginam, as autoridades ambientais que tenho a honra de tutelar não exigem a nenhum promotor mais do que aquilo que diz a Lei", sublinhou João Matos Fernandes.
Em declarações à agência Lusa, Carla Graça, da Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável, já havia explicado que será interposta brevemente na justiça portuguesa uma "intimação judicial para a APA fornecer informação", assim como será "exigido que seja realizada uma AAE".
"Após estas diligências daremos entrada com uma ação judicial, não uma providência cautelar, no sentido de obrigar o Estado, a administração, a [realizar] uma avaliação de impacto estratégica, relativamente ao processo do aeroporto", acrescentou a ambientalista.
Há cerca de um mês, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que apenas se aguardava o estudo de impacto ambiental para ser "irreversível" a solução aeroportuária Portela + Montijo, considerando haver consenso nacional sobre o projeto. O início da operação conjunta Lisboa + Montijo tem sido apontada para 2022.
Segundo a Zero, o recurso aos tribunais foi decidido depois de solicitada informação ao Ministério do Planeamento e Infraestruturas.
O secretário de Estado das Infraestruturas, "ao fim de algumas insistências, remeteu para a APA, informando que estava em curso um procedimento de avaliação de impacto ambiental", relatou Carla Graça à Lusa.
A associação endereçou depois o pedido à APA, tal como o "alerta de que, quer a legislação nacional, quer a europeia implicam que uma decisão [sobre o aeroporto] requer uma AAE e não uma mera Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)".
"Vamos recorrer às vias judiciais através de uma intimação para prestação de informação, que nós solicitámos, por várias vezes, e não nos foi dada, e fazer o requerimento para que seja realizada uma Avaliação de Impacto Estratégica", resumiu.
Novo aeroporto "não requer" avaliação ambiental, diz ministro
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.