A organização aponta para riscos ambientais no que diz respeito a "emissões de ruído, emissões de poluentes gasosos, destruição e/ou degradação de habitats naturais e semi-naturais ou intrusão na paisagem natural.
A organização ambientalista Quercus considera que a opção de Alcochete para a construção de um novo aeroporto "ameaça fortemente o ambiente e os valores naturais", e diz aguardar o estudo de impacto ambiental sobre o Montijo.
A organização dedicou o mês de Setembro à investigação do tema do novo aeroporto de Lisboa (no âmbito da acção "12 meses, 12 iniciativas", para chamar a atenção para problemas ambientais), concluindo que as duas opções (reconversão da Base Aérea do Montijo ou construção no Campo de Tiro de Alcochete) apresentam riscos ambientais, ainda que não ponha em causa a necessidade de um novo aeroporto.
A Quercus aponta, em comunicado hoje divulgado, para riscos ambientais no que diz respeito a "emissões de ruído, emissões de poluentes gasosos, destruição e/ou degradação de habitats naturais e semi-naturais, intrusão na paisagem natural, ordenamento do território, ou mesmo interferências na qualidade da água".
Em relação à construção do aeroporto no campo de tiro de Alcochete a organização ambientalista lembra que o campo está sob um sistema subterrâneo de reserva de água, que com um novo aeroporto pode diminuir e mesmo ser contaminado, e diz que para a construção dessa estrutura será necessário "abater um número muito grande de sobreiros".
Depois ficará também sob "forte ameaça" o valor ecológico da área, onde existem 147 espécies autóctones. A Quercus fala das aves, mas também dos anfíbios e répteis ou ainda dos mamíferos. E critica a falta de estudos sobre o impacto de um novo aeroporto no movimento das aves.
A Quercus "considera que não é possível aceitar o abate de milhares de sobreiros" e diz que tal será "uma perda irreparável e inaceitável". E acrescenta que "não é também aceitável que seja posta em causa a riqueza ecológica e a diversidade faunística".
Nas conclusões sobre a opção os ambientalistas alertam ainda para os riscos sísmicos e dizem que o movimento das aves não foi estudado e como tal estão por avaliar os riscos para os aviões.
Em conclusão, a Quercus diz que um aeroporto em Alcochete "é ambientalmente insustentável e confere um elevado potencial de destruição dos valores ambientais e do património natural, obviamente não aceitável".
Em relação ao aeroporto no Montijo a organização diz não poder emitir um parecer por falta de documentação pública disponível, nomeadamente um estudo de impacto ambiental.
O primeiro-ministro afirmou na quinta-feira que apenas se aguarda o estudo de impacto ambiental para ser "irreversível" a solução aeroportuária Portela + Montijo, considerando que há consenso nacional sobre este projecto e que não há tempo a perder.
Já hoje, defendendo a opção Alcochete, a plataforma cívica contra o novo aeroporto na Base Aérea n.º 6, no Montijo, distrito de Setúbal, disse que não há um "consenso nacional" e que o primeiro-ministro está "equivocado".
Novo aeroporto em Alcochete ameaça fortemente o ambiente, diz Quercus
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.