Louis-Philippe Mendes recordou o legado do avô como exemplo que deve ser divulgado para mostrar que populismos e nacionalismos são um risco para o futuro.
O neto de Aristides de Sousa Mendes alertou hoje em Montreal para as consequências negativas do populismo, apelando a cada cidadão consciente "que se levante e se pronuncie contra essas "tendências".
Em entrevista à Lusa, Louis-Philippe Mendes recordou o legado do seu avô como exemplo que deve ser divulgado para mostrar que os populismos e os nacionalismos são um risco para o futuro do mundo.
"A sociedade de hoje está a enfrentar vários desafios quando vemos com a ascensão do populismo e da manipulação. Perante todas essas razões só nos podemos levantar, tornando-nos ativistas. Cada um de nós tem esse dever de se pronunciar perante tal manipulação", disse.
Natural de Montreal, na província do Quebeque, Louis-Philippe Mendes, de 58 anos, é formado em Sistemas de Engenharia pela Universidade do Quebeque e tem sido um dos herdeiros mais ativos na preservação da memória do cônsul português.
"A mensagem que aprendi com o meu avô é que todos nós somos atores e ninguém é perfeito. O Aristides não foi perfeito. Os meus heróis também não o são", adiantou.
Para o luso-canadiano, são heróis "todos aqueles que se levantam quando é difícil" e que mostram coragem "quando mais ninguém está por perto".
"É uma honra ter avós que foram um exemplo para o mundo. É um orgulho enorme ser neto de Aristides de Sousa Mendes. Por diversas razões. Por motivos históricos, e também pessoalmente, Sousa Mendes é um modelo para qualquer um", afirmou.
Há 18 anos Louis-Philippe Mendes adquiriu a cidadania portuguesa motivo que o também deixa "orgulhoso", pois Portugal "é um país bonito" de onde estão as "raízes".
"Espero reformar-me em breve e espero passar bastante tempo em Portugal. Quero também aprender a língua portuguesa pois cresci integrado na sociedade canadiana", conclui.
O cônsul Aristides de Sousa Mendes à revelia de Salazar atribuiu em Bordéus (França) cerca de 30 mil vistos a refugiados, incluindo judeus, perseguidos pelo regime nazi, em 1940.
As Nações Unidas através da resolução 60/7, em 1 de dezembro de 2005, proclamaram o dia 27 de Janeiro como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Aristides de Sousa Mendes é considerado um exemplo por ter resistido às ordens do regime em nome dos valores da humanidade, tendo sido considerado um dos "Justos entre as nações", um galardão atribuído por Israel a quem lutou contra o Holocausto.
Neto de Aristides de Sousa Mendes alerta para riscos do populismo
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