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Navio Mestre Simão não é recuperável

O Governo dos Açores anunciou que a embarcação sofreu danos irreparáveis, depois do acidente em que esteve envolvida no princípio do ano.

O navio Mestre Simão, que encalhou no primeiro sábado do ano no porto da Madalena do Pico, não é recuperável e será construída uma nova embarcação de características similares, anunciou hoje o Governo dos Açores.

A embarcação que pertence à Atlânticoline sofreu danos irreparáveis. "Foi desenvolvida pelas seguradoras um trabalho de avaliação ao estado do navio e uma ponderação dos passos seguintes. E, nessa avaliação, as seguradoras concluíram que não é viável recuperar o "Mestre Simão", tendo-o dado como perdido", afirmou a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas, Ana Cunha, numa conferência de imprensa conjunta com o presidente do conselho de administração daAtlânticoline, Carlos Faias.


Perante este cenário, a governante acrescentou que a administração da Atlâticoline, com a concordância do Governo dos Açores, optou por promover de imediato a construção de uma nova embarcação similar ao "Mestre Simão".

O navio "Mestre Simão" fazia a ligação entre Faial e Pico e encalhou a 6 de Janeiro, com 70 pessoas a bordo, mas sem registo de feridos.

O presidente do conselho de administração da empresa pública de transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores, explicou que a avaliação final foi comunicada à Atânticôline "há poucos dias", salientando que "a avaliação permitiu aferir não ser viável do ponto de vista financeiro a remoção para reabilitação, pelo estado em que ficou a embarcação em resultado do encalhe e da dificuldade técnica de retirada do mesmo".

Carlos Faias adiantou ainda que a seguradora dos danos próprios "comunicou na quarta-feira à Atlânticoline que o valor da indemnização a pagar ascende a cerca de 9,2 milhões de euros" e o navio estava segurado "em cerca de 9,35 milhões de euros".

"Considerando esta decisão das seguradoras, o responsável por todas as operações de remoção do navio já enviou convites a empresas internacionais que estão credenciadas para este trabalho para apresentarem propostas de remoção e o respectivo plano a Altânticoline", disse ainda.

O responsável estimou que o novo navio que vai ser construído entre ao serviço no último trimestre de 2019.

Até lá, referiu que o serviço de transporte marítimo de passageiros está assegurado com as outras embarcações que a Atlanticôline tem, enquanto o transporte de viaturas será garantido a partir do início de Março com o navio "Gilberto Mariano", que regressa de docagem obrigatória.

"A operação de viaturas será reforçada, como tem ocorrido todos os anos, com a actividade sazonal que este ano arranca a 03 de maio", sustentou.

Carlos Faias salientou que esta semana têm decorrido os trabalhos de remoção de hidrocarbonetos a bordo, estimando a sua conclusão até final desta semana se as condições atmosféricas assim o permitirem, mas, neste momento, todo o combustível que se encontrava a bordo já foi retirado.

As razões do encalhe ainda não foram apuradas, segundo Carlos Faias, não sendo, no entanto, de rejeitar que possam ter ocorrido "condições de mar extraordinárias e imprevisíveis que colocaram o navio sem possibilidade de governo".
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