João Gomes Cravinho salientou que o cenário que traçou "é o cenário que o Governo preparou e que permite não recuperação integral, mas permite fazer algo muito mais para além daquilo que foi prometido no programa do Governo".
O ministro da Defesa considerou este domingo "positivo" quando se pensa duas vezes sobre "um disparate", em relação ao anúncio do CDS-PP de que só votará favoravelmente o diploma dos professores caso sejam aceites as condições do partido.
"Eu acho que é sempre positivo quando as pessoas pensam duas vezes sobre um disparate que poderão ter feito", disse João Gomes Cravinho, em declarações à agência Lusa no final da 2.ª Corrida da Defesa Nacional, em Lisboa.
A líder do CDS-PP anunciou hoje que os centristas só votarão a favor, em votação final, do diploma dos professores se forem aceites as condições do partido, como sustentabilidade financeira e crescimento económico.
A posição foi expressa por Assunção Cristas num comunicado, dois dias depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter ameaçado com a demissão do Governo após PCP, BE, PSD e CDS terem aprovado, no parlamento, o diploma para a contabilização total do tempo de serviço dos professores.
"Ou o parlamento aceita as nossas condições ou não aprovaremos qualquer pagamento", lê-se no comunicado em que anuncia que o CDS vai pedir para serem, de novo, votadas as propostas em que o partido condicionava o pagamento a três condições: crescimento económico, a revisão da carreira e avaliação dos professores.
Sobre esta posição, Gomes Cravinho considerou que Assunção Cristas "naturalmente que estará à procura de uma saída", porque percebeu que aquilo que o CDS-PP fez "na passada quinta-feira não tem nenhum raciocínio em relação aquilo que são as posições conhecidas normais" do partido.
Instado a comentar também o silêncio por parte do líder do PSD, o único que ainda não se pronunciou sobre a ameaça de demissão de António Costa, o governante apontou que Rui Rio "precisa de fazer uma reflexão sobre se o PSD quer ser considerado um partido sério, ou se vai, simplesmente, embandeirar em eleitoralismos".
"E creio que deve ser essa a reflexão que ele estará em curso de fazer, não sei qual será a conclusão que vai tirar", notou.
Em entrevista à agência Lusa, publicada no sábado, mas concedida antes desta situação ter tido lugar, o ministro da Defesa sustentou que não havia "condições para fazer de conta" que o congelamento das carreiras dos militares não existiu e que a reposição "não é absoluta", mas é a possível.
Hoje, João Gomes Cravinho salientou que o cenário que traçou "é o cenário que o Governo preparou e que permite não recuperação integral, mas permite fazer algo muito mais para além daquilo que foi prometido no programa do Governo".
"Neste momento, naturalmente que está tudo em causa, pelas razões conhecidas. Portanto, esperemos que haja bom senso da parte do parlamento e que não se deite tudo pela janela", sustentou.
O governante referiu também que os militares não lhe "fizeram chegar nenhum documento" com reivindicações, "mas fizeram declarações públicas".
"Tomei nota dessas declarações públicas que, aliás, eram esperadas, tal como a generalidade das outras carreiras, porque um dos princípios fundamentais é que aquilo que se dá para uma carreira, tem de ser equitativo em relação às outras carreiras", afirmou, sustentando que, "se se dá tudo aos professores, naturalmente que os outros também exigem".
"E, como sabemos, isso é perfeitamente incomportável", assinalou o ministro da Defesa.
Ministro da Defesa considera positivo quando se pensa "duas vezes sobre um disparate"
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