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Militar da GNR condenado a 13 anos por burlas barrica-se no posto de Felgueiras

Lusa 30 de dezembro de 2025 às 21:28
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O militar, colocado à data das burlas no posto da GNR de Fafe, tem 13 anos de cadeia para cumprir por instigar um esquema de burlas superiores a 400 mil euros, que lhe permitiu ter uma vida de luxo, juntamente com a mulher, que era auditora de justiça e futura juíza.

Um militar da GNR condenado a 13 anos de prisão por burlas superiores a 400 mil euros está barricado desde hoje à tarde no interior do posto da GNR de Felgueiras, distrito do Porto, indicou fonte desta força segurança.

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A mesma fonte explicou à agência Lusa que o militar barricou-se cerca das 15:00 e que a GNR "está a montar um perímetro de segurança nas redondezas", acrescentando que estão a aguardar o reforço de meios, nomeadamente de uma equipa de negociadores.

O militar, colocado à data das burlas no posto da GNR de Fafe, tem 13 anos de cadeia para cumprir por instigar um esquema de burlas superiores a 400 mil euros, que lhe permitiu ter uma vida de luxo, juntamente com a mulher, que era auditora de justiça e futura juíza.

Está atualmente colocado no posto de Felgueiras, enquanto aguarda o desfecho de recursos pendentes.

Em novembro de 2022, o Tribunal de Guimarães (tribunal de primeira instância) condenou o arguido por dezenas de crimes de instigação de burla qualificada e por branqueamento de capitais, aplicando-lhe, em cúmulo jurídico, a pena única de 13 anos de cadeia, assim como a proibição do exercício de funções de GNR por um período de cinco anos.

Após recursos, a pena viria a ser confirmada, primeiro, em junho de 2024, pelo Tribunal da Relação de Guimarães, e em março deste ano, pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Na acusação, o Ministério Público (MP) sustentava que o esquema passou por o pai do GNR, "muito conhecido, considerado e com boa reputação na sua área de residência, acolitado pela sua mulher sempre que necessário, pedir dinheiro emprestado a pessoas que nele confiavam, geralmente pessoas de idade, enganando-as com uma simulada situação de urgência e aflição".

Segundo o MP, através deste esquema de burlas, conseguiram mais de 400 mil euros, os quais permitiram uma vida de luxo ao filho (GNR) e à mulher, auditora de justiça.

Em relação à esposa do militar da GNR, o STJ manteve a pena suspensa de quatro anos e meio a que tinha sido condenada por branqueamento.

Os pais do militar da GNR também foram condenados.

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