O socialista acusa Passos Coelho de querer ganhar as eleições "apostando no medo do cenário grego"
O ex-candidato presidencial Manuel Alegre considerou hoje que a posição do Governo sobre a crise na Grécia é "uma vergonha", e criticou também o Presidente da República por "seguidismo" aos que mandam na Europa.
"O Governo e o Presidente da República substituem razão de Estado por seguidismo perante os que mandam na Europa", declarou Alegre, acrescentando, no caso do executivo de Passos Coelho, que este quer "ganhar as eleições [legislativas deste ano] apostando no medo do cenário grego".
E acrescentou, numa conferência em Lisboa: "Não é esta a atitude que se espera de quem representa Portugal".
Para o histórico socialista, "Bruxelas e Berlim nunca quiseram" chegar a acordo com o governo da Grécia e "sempre quiseram e querem derrubar o governo legitimamente eleito" do país.
"O problema já não é só austeridade. O problema que está em causa na Grécia é a própria liberdade, não só a grega mas também a nossa e a de todos os povos europeus", acrescentou o antigo candidato à Presidência da República.
Bruxelas e Berlim, insistiu, "querem que os gregos ajoelhem para que fique claro que nesta Europa não pode haver alternativa".
"Não se pode fazer diferente. Só serão tolerados governos com visto prévio de Bruxelas e Berlim", advertiu Manuel Alegre.
E prosseguiu: "Aconteça o que acontecer, a Grécia já nos deu uma lição de dignidade. E por isso a Grécia não será vencida".
Marisa Matias (eurodeputada do BE), Francisco Louçã (antigo líder bloquista) Pacheco Pereira (antigo dirigente do PSD) e Hélia Correia (recente vencedora do Prémio Camões) são alguns dos outros oradores no encontro desta noite que decorre no Fórum Lisboa.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou hoje que as negociações com os credores internacionais vão ser retomadas a seguir ao referendo e defendeu que uma vitória do 'não' não significa virar as costas à Europa.
"No dia seguinte ao referendo, retomaremos de imediato os nossos esforços para alcançar um acordo" com os credores internacionais, disse hoje o chefe do Governo grego, numa entrevista à televisão grega ANT1, descrita em inglês na sua conta oficial no Twitter.
Manuel Alegre: "O problema já não é só austeridade"
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